O Brasil segue dependente das
importações para abastecer a demanda interna por fertilizantes, de acordo com o
site Rural BR. Segundo o engenheiro agrônomo José Francisco Cunha, um dos
organizadores do Encontro de Adubação de Pastagens da Scot Consultoria, que
acontece na próxima semana em Ribeirão Preto (SP), dificuldades logísticas e
problemas tributários dificultam o abastecimento com a produção interna.
Com relação aos adubos fosfatados,
há boa oferta para região Centro-Oeste, capaz de suprir o mercado com a
produção, mas isto não resolve o problema da dependência de outros polos como o
Sul e o Nordeste, onde a oferta de fosfato é menor. Para os nitrogenados, Cunha
diz que a produção está praticamente toda concentrada na Petrobras. “Apesar de
haver investimento grande da Petrobras nos nitrogenados, vamos no máximo
atingir 50% da nossa demanda e continuaremos dependentes.”
O especialista diz, ainda, que
embora seja muito difícil competir com a grande produção de nitrogenados de
países com suprimento de matéria prima bastante barata, principalmente com relação
ao suprimento de gás, este é um investimento estratégico para o Brasil, que
precisa ser feito. “Nós temos eficiência na mineração para a produção de
fosfato, temos processos tecnológicos desenvolvidos no Brasil que podem
garantir o suprimento de fósforo de forma adequada.”
Para o potássio, a
dependência das importações é superior a 90% e a viabilidade de projetos de
produção no Brasil esbarra nos custos muito elevados e em problemas de
tecnologia e logística. O país possui uma imensa reserva deste mineral na
região amazônica, comparada ao tamanho das reservas do pré-sal. O problema é
que estas reservas estão em locais com muitos desafios técnicos e logísticos a
serem superados.
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