Tragédia no Líbano gera preocupação sobre o polo químico em Uberaba



Em entrevista a proprietária e jornalista, Lídia Prata na sua coluna "Alternativa" o professor de Química Flamarion Batista Leite aborda a especulação de termos uma tragédia da proporção do Líbano no Distrito Indústrial I, com a presença da Mosaic Fertilizantes. 


POLO QUÍMICO GERA PREOCUPAÇÃO

Tragédia ocorrida no Líbano e atribuída a uma explosão provocada por nitrato de amônio trouxe à baila a preocupação com a situação do Distrito Industrial 3, onde se localiza o pólo químico de Uberaba. Não faltaram especulações sobre a possibilidade de vivenciarmos aqui uma explosão semelhante à do porto de Beirute. Mas, segundo o Professor de Química Flamarion Batista Leite, essa hipótese é praticamente nula. Veja a explicação dele: “Nossa Mosaic, sucessora da Vale e da Fosfertil, não trabalha com o nitrato de amônio. Trabalha com adubos fosfatados e o fosfato de cálcio vem das minas de Tapira. O nitrogênio da Mosaic vem por via ferroviária e chega em Uberaba com o nome de gás amoníaco ou amônia líquida. Alguma misturadora do DI 1 pode trabalhar com nitrato de amônio, mas apenas para misturar com outros tipos de fertilizantes. No entanto, o estoque no DI 3 jamais seria tão grande quanto o do Porto do Líbano.”

TENHA CUIDADO!

Embora o estoque de produtos químicos que existia no Porto de Beirute seja algo impensável para os padrões de segurança, é certo que nenhuma misturadora no Distrito Industrial de Uberaba cometeria a mesma imprudência. Professor Flamarion adverte que “produto químico exige cuidado na manipulação, na industrialização, no armazenamento. Às vezes você tem dois produtos completamente inertes, mas se forem misturados poderão causar um problema sério.”

DIFERENÇAS GEOGRÁFICAS

Num exercício de extrema imaginação, Flamarion acredita que se viesse a acontecer uma explosão química no DI 3 como essa do Líbano, Uberaba também não sofreria tanto como Beirute, porque estamos em diferentes alturas. O DI 3 está mais baixo que a cidade de Uberaba. “Claro que seria uma tragédia, mas não na proporção que foi em Beirute, onde a cidade está no nível do porto” – avalia o professor.


Fonte: www.jmonline.com.br

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