Redes da CTB crescem na pandemia e Central vê espaço pra avançar


Diretor Ronaldo e presidente Adilson empenham-se no fortalecimento digital

A pandemia da Covid-19 desafia o sindicalismo a ampliar os meios de falar com as bases. Com a quarentena e o isolamento social, as plataformas virtuais se tornaram a ferramenta mais efetiva de aproximação. 

Pra debater o tema, a live da Agência Sindical recebeu quarta (22) os dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil Adilson Araújo, presidente, e Ronaldo Leite, secretário de Formação. Eles avaliam a ampliação da Central nas redes sociais e a importância das mídias para o sindicalismo levar sua mensagem à classe trabalhadora.

“Se não soubermos utilizar esses meios, falaremos só pra nós mesmos. As Centrais alcançaram importantes avanços nesse período, como o Auxílio Emergencial de R$ 600,00. Mas é preciso mostrar de quem foi a conquista e assim avançar mais”, afirma Adilson.

Dados - O canal da entidade no YouTube cresceu 120% em 90 dias. Visualizações de vídeos aumentaram 3.000%. O Facebook da Central, em junho, teve aumento de 600% nos engajamentos. Os dirigentes consideram que há espaço pra crescer bem mais.

Fake news - Para Adilson, as redes sociais sindicais devem ajudar a combater as fake news.  “O governo espalha mentiras. Contadas muitas vezes, elas se tornam verdades. Sete grupos detêm a comunicação do País. Temos que achar meios de romper essa barreira. Falar ao povo e mudar isso”, diz.

Ronaldo Leite comenta o papel crescente das redes sociais para as entidades. Ele afirma: “É papel do sindicalismo formar a classe trabalhadora. E, de modo amplo, levar suas ideias ao conjunto de trabalhadores. Só assim se eleva a consciência de classe”. 

Debates - No início da pandemia, a CTB intensificou ferramentas como Facebook e YouTube; e passou a promover semanalmente Salas de Debates Virtuais. Ronaldo conta: “Abordamos uma série de temas. O objetivo é difundir a opinião da CTB pra superar a ideia errada de que o Sindicato deve cuidar só da classe trabalhadora e não tratar também das questões sociais”.

Um dos debates tratou da situação precária dos entregadores de aplicativos. Ronaldo comenta: “Eles são jovens, enfrentam a exploração dos donos das plataformas de entrega de comida e tentam resistir”.  

Formação - Para agosto, a CTB deve inaugurar plataforma virtual própria de Formação Sindical. A Central vai oferecer cursos on-line ao vivo e também gravados. Aulas serão ministradas por professores da Unicamp, PUC, USP e especialistas de várias áreas.  

“A CTB não tem condições de enviar professores aos Estados pra realizar esses Cursos de Formação. Então, vamos disponibilizar tudo de forma virtual. É audacioso. Acredito que é possível mudar o mundo, mas tem que ser pra agora”, destaca Adilson Araújo.

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