Reajuste salarial do setor químico de SP injetará R$ 882 milhões na economia em 12 meses



Fonte: JCNET

O reajuste salarial de 7,51% conquistado pelos trabalhadores químicos do Estado de São Paulo na Campanha Salarial de 2014 vai injetar, nos próximos 12 meses, cerca de R$ 882 milhões na economia do Estado. Mensalmente o impacto é de aproximadamente R$ 73 milhões. Esse valor se refere ao reajuste salarial de cerca de 273 mil trabalhadores químicos do Estado de São Paulo, pertencentes aos segmentos químico, cosmético e plástico, com data base em novembro.

Para chegar a esses números, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos 23 municípios da área de atuação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Bauru, a estimativa é que os cerca de 4 mil trabalhadores do setor químico, juntos, vão injetar na economia R$ 12 milhões no período de um ano.

 13.º salário

Até o final de 2014 devem ser injetados na economia até R$ 6,3 bilhões em consequência do pagamento do 13º salário dos trabalhadores do ramo químico de todo o Brasil. Este montante será pago aos cerca de 1,86 milhão de trabalhadores do mercado formal, distribuídos nos seguintes segmentos: Sucroalcooleiro, Papel e Celulose, Químicos, Cosméticos, Farmacêutico, Borracha, Plásticos, Vidro, Brinquedos, Minério e Petróleo e Gás Natural.

A estimativa é da Rede Químicos do DIEESE, que utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos cálculos, foi considerado o total de assalariados com carteira assinada que trabalhavam em dezembro de 2013, acrescido do saldo de geração de empregos no ramo químico de janeiro a setembro de 2014.

O DIEESE não levou em conta os autônomos e assalariados sem carteira ou os trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de  difícil mensuração. Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem antecipadamente ao menos uma parte do 13º, por definição de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de  Trabalho (CCT).

Assim, os dados apresentados constituem uma projeção do volume total de reais que entra na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2013. Entretanto, estima-se que a maior parte seja paga no final do ano.

A estimativa do montante a ser pago a título de 13º em 2014 é 7,3% maior que a estimativa para o ano de 2013. Esse aumento se deve a um maior número de trabalhadores formais no setor químico, que é 1,5% maior que o apurado para o ano de 2013. Além disso, também é reflexo de um rendimento médio 5,95% maior em 2014, quando comparado com 2013. Em 2014, o rendimento médio está estimado em R$ 3.416,24.

Refletindo a maior capacidade econômica da região, a parcela mais expressiva do 13º salário (68,8%) deve ficar nos estados do Sudeste, onde está concentrada também a maior parte dos trabalhadores do ramo químico (57,6%). Outros 11,53% do total devem ser pagos na região Sul, enquanto no Nordeste devem entrar em circulação 11,51% do total. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 5,39% e 2,97% do montante em reais.

Na análise por região, o Sudeste tem o maior valor médio de 13º salário (R$ 4.077,77) e a região Sul o menor valor (R$ 2.339,79). Os maiores valores médios para o 13º devem ser pagos nos estados do Rio de Janeiro (R$ 8.516,82), de Sergipe (R$ 5.111,23) e da Bahia (R$ 4.496,59). Em São Paulo, o valor médio a ser pago a título de 13º é de R$ 3.590,22. Os menores valores de 13º devem ficar nos estados da Paraíba e de Roraima, respectivamente, R$ 1.300,36 e R$ 1.276,20.

O trabalhador do setor químico, assim como os demais trabalhadores brasileiros, tende a gastar a maior parte dessa renda adicional com o 13º na economia local, contribuindo para o aumento das vendas do comércio e da produção das indústrias. A outra parte dessa renda será destinada à poupança, quitação de dívidas ou pagamento de impostos no início do ano que vem, como IPTU e IPVA, por exemplo.

Entretanto, estima-se que a maior parte seja paga no final do ano. A estimativa do montante a ser pago a título de 13º em 2014 é 7,3% maior que a estimativa para o ano de 2013. Esse aumento se deve a um maior número de trabalhadores formais no setor químico, que é 1,5% maior que o apurado para o ano de 2013. Além disso, também é reflexo de um rendimento médio 5,95% maior em 2014, quando comparado com 2013. Em 2014, o rendimento  médio está estimado em R$ 3.416,24.

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