Trabalhadores do setor químico de São Paulo ameaçam greve



A 2ª rodada de negociação entre a bancada dos trabalhadores, representada por dirigentes da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e Sindicatos filiados, e a bancada patronal, representada pelo Grupo CEAG 10 da FIESP, foi interrompida após o grupo patronal se recusar, mais uma vez, a discutir as reivindicações da categoria química.  
Mais de 116 mil trabalhadores em todo o estado de São Paulo, representados pela FEQUIMFAR e Sindicatos filiados, nos segmentos químico, plástico, fertilizantes, abrasivos, cosméticos, tintas e vernizes estão mobilizados nesta campanha salarial e social.
As principais reivindicações são:
Piso salarial de R$1.300,00
Piso para Técnico Químico no Valor de R$1.800,00
Reajuste Salarial = 6% de aumento real +  INPC/IBGE*
PLR no valor de 2 Pisos
*A estimativa do INPC é de 5,49%
Mobilização geral e estado de greve
Nos próximos dias, a FEQUIMFAR e seus Sindicatos filiados estarão comunicando aos trabalhadores das indústrias químicas sobre o impasse nas negociações.
“Não tivemos avanços na mesa de negociação e lamentamos a intransigência patronal em não querer debater as reivindicações da categoria. Vamos manter a mobilização nas portas das empresas e se preciso, iremos paralisar algumas empresas para pressionar o setor patronal pelo aumento real dos salários”, declara Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR e presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru.
“A falta de diálogo foi um afrontamento por parte da bancada patronal, por isso, iremos aumentar ainda mais a nossa luta e mobilização, objetivando um repúdio maior à falta de propostas por parte dos representantes patronais”, declara Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico) e presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos.
“Para o dia 31, esperamos uma proposta econômica que seja condizente com o cenário que as empresas estão vivendo: segmentos que foram beneficiados com isenções fiscais, redução da tarifa de energia e desoneração da folha de pagamento”, declara Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1° secretário da Força Sindical.


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