A gigante norte-americana do agronegócio Bunge
divulgou nesta quinta-feira perdas trimestrais por conta do fraco desempenho de
seu negócio de açúcar no Brasil, e disse que está explorando alternativas em
relação ao setor.
A Bunge
teve prejuízo líquido de 137 milhões de dólares no terceiro trimestre, que
terminou 30 de setembro, ante um lucro de 289 milhões no mesmo trimestre há um
ano.
A receita
do trimestre foi de 14,7 bilhões de dólares, abaixo das expectativas dos
analistas de 16,9 bilhões, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. Há um ano, a
receita foi de 16,5 bilhões de dólares.
A Bunge
teve prejuízo de 0,94 dólar por ação (excluindo determinados ganhos e perdas),
abaixo da média das estimativas dos analistas de um lucro de 2,21 dólares e dos
1,92 dólar por ação obtidos um ano antes.
Suas
operações de moagem de açúcar no Brasil "enfrentaram condições
meteorológicas continuamente abaixo do ideal e baixos preços globais do açúcar,
bem como adversidades estruturais como inflação de custos domésticos e preços
limitados do etanol", disse o diretor-executivo da empresa, Soren
Schroder, em um comunicado.
"Tendo
em conta os desafios enfrentados pela indústria brasileira, nós começamos um
processo abrangente para explorar todas as alternativas para otimizar o valor
deste negócio", disse ele.
Schroder,
que assumiu o comando em 1 de junho, havia dito anteriormente que a Bunge iria
cortar seus gastos de capital em 2013 para 1 bilhão de dólares, ante 1,2 bilhão,
a fim de impulsionar os resultados financeiros.
A empresa
disse que estava planejando um orçamento de investimentos de 900 milhões
dólares para 2014, "com foco em projetos de crescimento e produtividade
com prazos de retorno menores".
A Bunge
está entre os quatro maiores players do mercado conhecidos como
"ABCD", que dominam o fluxo de produtos agrícolas em todo o mundo. Os
outros são a Archer Daniels Midland, a Cargill e a Louis Dreyfus .
Os lucros
da Bunge vêm da compra, venda, transporte e processamento de produtos
agrícolas.
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