STIQUIFAR aciona Vale Fertilizantes no Ministério Público do Trabalho




O  Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região (Stiquifar)  protocolou no Ministério Público do Trabalho uma denúncia contra a Vale Fertilizantes no dia 18 de fevereiro. No documento, o sindicato aciona a multinacional para que ela cumpra integralmente as normas de segurança, saúde e meio ambiente já discutido anteriormente juntamente com o MPT.
A denúncia relata problemas estruturais e de segurança que a empresa no decorrer do ano de 2012 ainda não havia solucionado, apesar dos esforços do sindicato  em discutir com a VALE tais ocorrências que compromete sobremaneira as ações a serem desenvolvidas  na proteção da saúde e segurança  dos trabalhares .  No setor de amônia da empresa, as chamadas PCV  3301 A e B  (VÁLVULAS DE SEGURANÇA) estão inoperantes. Estas válvulas dão o sinal de alerta dentro da cadeia produtiva, mostrando a seu operador os riscos para que não haja abertura  de outra válvula importante, a PSV. Caso esse sistema não funcione corretamente as consequências são de grandes proporções, com o vazamento de amônia colocando em risco todos os trabalhadores do em torno do DI-III, a alimentação está em péssimas condições, fazendo com que trabalhadores levem suas refeições de casa.
Consta ainda denúncia no setor de “Fusão” da Unidade em Uberaba onde está ocorrendo há meses retorno de esgoto na sala de operação, e dos 03 banheiros existentes, em tal  setor somente um  sanitário funciona para atender todos os trabalhadores.  Os Totalizadores de Fluxo, que controlam a produção encontram-se também inoperantes, Laboratório e Fosfórico encontram-se sem ar- condicionados em total desacordo com normas da ISO, que exige nestes ambientes temperaturas  de 25  e 30  graus .
A ação relata ainda em suas páginas alguns problemas no setor de RH, excessos na jornada de trabalho decorrente da falta de contratação de mão de obra, treinamentos de forma sistemática nos períodos de folgas dos empregados, além da falta de segurança em atividades de espaço confinado, como solda e medição de gás.
Ficou constatada ainda a falta de iluminação, caneletas sem proteção e que vários locais da empresa estão com "buracos" no asfalto e poças permanentes de águas remanescentes do processo de industrialização (ácidas) e pluvial, gerando mais uma vez riscos a saúde do trabalhador.
“Tal situação está instalada há algum tempo, as primeiras denúncias foram feitas ao MPT em 2010 e tal situação persiste apesar dos esforços do sindicato em resolver estes problemas junto à administração da VALE ou por meio judicial.” alerta  a presidente do STIQUIFAR Maria das Graças Carriconde.

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