Implantação do gasoduto depende de licença da ANP, diz governador




Fonte: Gisele Barcelos/Jornal da Manhã

Implantação do gasoduto depende de liberação de licença da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A informação é do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB), que durante passagem por Uberaba na sexta-feira (8) assegurou que o empreendimento é uma prioridade para o governo de Minas.
De acordo com Anastasia, todas as ações de competência do Estado para implantação do duto já foram tomadas. Além da desapropriação da área onde o projeto será construído, ele revela que a Cemig concluiu até a aquisição de empresa de gasoduto em São Paulo para viabilizar o ramal que sairá de Ribeirão Preto até o Triângulo Mineiro. “Agora dependemos somente da conclusão burocrática das licenças da Agência Nacional do Petróleo, na esfera federal. Esperamos que saia, pois há um grande esforço nosso. O gasoduto é fundamental para a fábrica de amônia e esta é essencial para Uberaba, para a região e para Minas”, disse, lembrando que o gasoduto se trata do maior investimento econômico da administração estadual.
A garantia do duto para disponibilizar o gás foi um compromisso assumido no fim do mandato do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e anunciado durante a campanha eleitoral em 2009 com Anastasia na condição de candidato. Com o posicionamento do Estado, foi possível parceria com a Petrobras para assegurar a fábrica de amônia. A estatal chegou até a adquirir a distribuidora Gás Brasiliano para dar sequência a um duto já existente em Ribeirão Preto (SP).
Entretanto, parecer desfavorável da ANP travou o andamento do gasoduto em 2011. A procuradoria-geral da agência considerou o projeto inconstitucional e sujeito a sanções. A principal irregularidade se deve à nomenclatura do gasoduto. Enquanto a Petrobras defendia que o gasoduto era de distribuição e teria como destino o consumidor final, a procuradoria argumenta que o gasoduto seria de transporte devido à finalidade de levar o gás das fontes supridoras até as concessionárias estaduais.
No entender da procuradoria, o cliente da Gás Brasiliano não seria a unidade de fertilizantes, mas sim a Gasmig, que receberia o gás na fronteira interestadual. Nessa modalidade, a lei obrigaria a realização de licitação para o trecho e a Petrobras poderia perder o direito de construir o ramal. A aquisição da distribuidora paulista pela Cemig, conforme anunciado por Anastasia, poderá ser a saída encontrada para acabar com o impedimento jurídico.

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