O nível de estresse dos trabalhadores aumentou consideravelmente nos
últimos anos. Segundo a especialista Marilda Lipp, presidente do Instituto de
Psicologia e Controle do Stress, o alastramento do estresse se deve a uma
mudança de valores associada ao avanço tecnológico, que estimula o trabalhador
a ficar em constante estado de alerta.
“As pessoas vivem como se estivessem no meio de um furacão, sempre
colocando força e energia extrema em tudo o que fazem”, explica Lipp. “Mas esse
ritmo enlouquecido não está nos garantindo felicidade e bem-estar.” Por isso,
as pessoas adoecem.
Existe um estresse positivo, que alerta, aumenta a adrenalina e anima.
Ele ajuda na produtividade e dá asas à criatividade. Mas, se mantido por muito
tempo, pode se tornar prejudicial. É perigoso ultrapassar os limites
individuais e esgotar a capacidade de adaptação. Aí vem o efeito oposto: a
energia mental fica reduzida, a produtividade e a capacidade de trabalho
caem.
Nessa fase, além de força e vigor, o estresse frequentemente provoca
taquicardia, tensão muscular, boca seca, nó no estômago, mãos frias e suadas e,
em estágios mais avançados, sensações de desgaste generalizado e dificuldade de
memória. A qualidade de vida piora muito.
Reduzir os efeitos do estresse é um desafio para os trabalhadores e seus
empregadores. Entre policiais e bombeiros, o índice de estresse subiu para
aproximadamente 51% entre 2006 e 2011, e um dos motivos é que falta um
treinamento adequado em técnicas de enfrentamento.
Entre executivos, o índice de estresse também aumentou dramaticamente.
“Há 10 anos, o percentual de executivos brasileiros com estresse era de
aproximadamente 45%. Agora é de 49%”, diz Lipp, que publicou estudo sobre o
assunto. Dos profissionais que trabalham em escritórios sem exercer cargos de
chefia, 35% têm sinais de estresse. “A pressa se tornou uma constante, e ela
estressa.”
O governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública
(SENASP), tem subsidiado programas antiestresse e de valorização do policial e
demais servidores da Segurança Pública. Mas, segundo Lipp, ainda são poucas as
empresas que assumem a responsabilidade sobre o nível de estresse de seus
empregados e possuem programas efetivos de prevenção.
A especialista sugere algumas alternativas para reduzir o estresse
negativo no trabalho, para empregados e empregadores:
• Melhorar o relacionamento com colegas, chefes e subordinados;
• Controlar o estresse e a raiva;
• Gerenciar bem o tempo de cada atividade;
• Realizar testes periódicos de estresse;
• Buscar horários flexíveis;
• Campanhas de esclarecimento e repúdio ao assédio moral;
• Sala de relaxamento;
• Atividade física e alimentação adequada (convênios com academias e nutricionistas);
• Psicoterapia.
“Não se deve esperar o trabalhador adoecer para tratá-lo”, afirma a especialista. Para ela, melhor é equipá-lo para lidar com os fatores estressores que enfrenta do dia-a-dia e exigir dele somente aquilo que legitimamente ele pode dar.
• Melhorar o relacionamento com colegas, chefes e subordinados;
• Controlar o estresse e a raiva;
• Gerenciar bem o tempo de cada atividade;
• Realizar testes periódicos de estresse;
• Buscar horários flexíveis;
• Campanhas de esclarecimento e repúdio ao assédio moral;
• Sala de relaxamento;
• Atividade física e alimentação adequada (convênios com academias e nutricionistas);
• Psicoterapia.
“Não se deve esperar o trabalhador adoecer para tratá-lo”, afirma a especialista. Para ela, melhor é equipá-lo para lidar com os fatores estressores que enfrenta do dia-a-dia e exigir dele somente aquilo que legitimamente ele pode dar.
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