O presidente da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse ontem que a presidente
Dilma Rousseff abriu negociação em torno de diversos temas da pauta
sindicalista,entre os quais a redução da jornada de trabalho sem diminuição de
salário e o fim do fator previdenciário.
De "resultado
imediato" da reunião ocorrida no Palácio do Planalto, Freitas citou o compromisso
de regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
que estabelece a negociação coletiva no serviço público.
Para ele, trata-se de
"um primeiro passo". "Agora, temos de chegar a um acordo e levar
ao Congresso", afirmou. Caberá aos parlamentares aprovar as regras que
serão propostas por um grupo de trabalho.
Freitas relatou também que a
presidente se comprometeu a acelerar a reforma agrária, não apenas doando
terras, mas assegurando condições de trabalho aos agricultores do campo, com apoio
e programas sociais.
Sobre a resistência dos
sindicalistas às mudanças propostas pelo governo ao setor portuário, Dilma
disse assegurar que não haverá prejuízo aos trabalhadores. Durante a reunião, os
sindicalistas apresentaram estudos sobre situações semelhantes em outros
países.
Dilma ainda disse "com
todas as letras" considerar importante que seja debatida a ratificação da
Convenção 158 da OIT, que trata da demissão imotivada e rotatividade de trabalho,
sobretudo diante da situação de praticamente pleno emprego no Brasil. "Ela
disse que a rotatividade atrapalha o país", relatou Freitas.
"Garantiu-se que nós
teremos um processo de negociação em torno desses temas e que essa não foi
apenas uma reunião para receber os representantes da marcha [das Centrais
Sindicais]. Vamos ter uma negociação em torno desses temas, muito provavelmente
nós temos no 1º de maio o resultado dessa negociação", disse Freitas,
ressaltando que a própria presidente lembrou que "negociação não significa
que vá se conseguir todos os pontos reivindicados".
A presidente também pediu
ajuda aos sindicalistas na defesa da destinação dos recursos originados da
exploração de petróleo para a educação, assegurando a previsão de 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) para o setor.
O movimento sindical
que está unido desde o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e subiu sem fissuras no palanque de Dilma, ameaça se dividir na sucessão presidencial
de 2014
0 comentários:
Postar um comentário