Stiquifar aciona criminalmente a Mosaic

Sindicato pede apuração da responsabilidade criminal dos gestores de empresa de fertilizantes na morte de um mecânico



O  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Plásticos, Cosméticos, Fertilizantes, Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região (Stiquifar) acionou criminalmente a empresa Mosaic Fertilizantes. O advogado do sindicato, Daniel de Oliveira Guimarães, protocolou na Polícia Civil de Minas Gerais uma Notícia Crime para apurar a responsabilidade dos gestores daquela empresa, devido ao acidente ocorrido no dia 24 de maio de 2024 no Complexo Industrial da Mosaic Fertilizantes, localizado em Uberaba.


Naquele dia, o mecânico Bruno Minelis da Silva Naves sofreu um acidente fatal durante uma inspeção de rotina no setor fosfórico. Ao pisar em uma grade de piso que se quebrou, ele caiu em um tanque de ácido diluído (TQ-1504). Socorrido e levado ao hospital com cerca de 90% do corpo queimado, no dia 26 de maio ele veio a óbito.


Para a presidente do Stiquifar, Graça Carriconde, a inobservância da empresa em manter condições seguras de trabalho, descumprindo diversas normas de segurança, higiene e medicina do trabalho contribuíram para esta fatalidade. “Nós denunciamos e pedimos melhores condições de segurança e investimentos para que os trabalhadores e trabalhadoras pudessem ter o mínimo de dignidade no seu dia-a-dia. Nunca fomos atendidos. Não foi falta de acionar a Mosaic”, informa. 


A líder sindical disse que apesar das ações judiciais tomadas, bem como denúncias junto à Mosaic por várias vezes, nada valeram. E avisa que solicitou investigação do acidente pela polícia e perícia para apuração do descumprimento de normas técnicas (Norma Regulamentadora 8 do Ministério do Trabalho e artigos 170 a 174 da CLT, relacionadas a segurança nas edificações e ambiente laboral.) “Ainda solicitamos a apuração de crimes previstos no Código Penal, como homicídio, lesões corporais e perigo comum. Não aceitamos falta de condições adequadas de trabalho. É preciso responsabilizar estes gestores”, conclui Graça.



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