Mulheres lançam manifesto em defesa de anticandidatura feminina ao STF

Um grupo de mulheres, formado por profissionais de diferentes áreas, lançaram a anticandidatura da professora universitária e advogada Beatriz Vargas Ramos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com a morte do ministro Teori Zavascki, abriu-se uma vaga no órgão do Poder Judiciário, que deve ser escolhida pelo presidente não eleito Michel Temer em breve.
Em conversa, Vargas conta que o objetivo do lançamento do manifesto é demarcar a relevância dos princípios e das bandeiras levantadas pelos grupos de mulheres de diversas áreas, que "entendem que estão em risco de violação desde o momento em que o golpe institucional se consumou no Brasil".O texto denuncia, entre outras questões, a ilegitimidade do governo Temer, "esvaziado de sustentação democrática", e a redução do Estado Social orquestrada com a PEC 55, que congela os investimentos em saúde e educação por vinte anos. Ele também trata da Emenda Constitucional 94/2016, que altera o regime de precatórios no país; a Reforma da Previdência e a privatização da Petrobras.A composição atual dos onze ministros do STF apresenta apenas duas mulheres e nenhuma pessoa negra. Vargas argumenta que esse quadro — distante da composição racial e de gênero da população brasileira — corrobora para o distanciamento do poder Judiciário da realidade social e o transforma em uma "ilha conservadora".A ação de sua anticandidatura, como explica o texto do manifesto coletivo, decorre da "afronta de ter como postulantes à função de ministro do STF pessoas que demonstram desconhecer a realidade social de brasileiras e brasileiros".

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