MPF questiona licença para expansão da Vale no MS



Reportagem especial na edição de hoje (06) do jornal Correio do Estado mostra que dois grandes projetos bilionários de expansão de mineração, um da Vale do Rio Doce, outro da Vetria, que estão localizados na região da morraria de Corumbá, são considerados pelo Ministério Público Federal (MPF) o “Belo Monte” do Pantanal, em alusão ao gigantesco projeto de construção da usina hidrelétrica no Rio Xingu, tamanho o impacto social, econômico e ambiental para toda a região de Corumbá e Ladário.
Tais projetos não apresentam condicionantes que atenuem a interferência direta e indireta da atividade mineradora na vida da população local e colocam em risco um dos maiores bens do Pantanal: a água.

A Vale, que já conseguiu licença ambiental prévia, embora a autorização tem sido questionada pelo MPF, pretende ampliar produção, passando dos atuais quatro milhões de toneladas por ano para 10,5 milhões de toneladas de minério de ferro, até 2018.
Já a Vetria Mineração S.A., que ainda pleiteia licença, já anunciou investimentos de R$ 11,5 bilhões na ampliação da planta industrial do município, em mina localizada na região da comunidade tradicional de Antônio Maria Coelho, a 40 km de Corumbá-MS.


Em audiência pública, no início do mês, que debateu os impactos ambientais e sociais sobre as comunidades no entorno das minas, o Ministério Público Federal (MPF/MS) se mostrou bastante preocupado com os dois projetos, uma vez que um dos grandes impactos da exploração das jazidas é sobre a água, utilizada para lavar o minério, e que já está em falta ou em má qualidade nas comunidades habitadas naquelas áreas, impactadas pela produção. A reportagem é de Ana Carolina Monteiro.

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