Fonte: Sima/Araxá
Vale Fertilizantes ameaça o fechamento da sua unidade Araxá/Tapira com a desculpa esfarrapada de falta de recursos, mas, na verdade, o que gerou a atual situação da empresa foi uma série de desastres administrativos e a incompetência dos seus gestores. São projetos furados que provocaram rombos na vida financeira da mineradora, como, por exemplo, as paradas programadas na área de manutenção. Contratam empreiteiras e ficam até 30 dias para começar o serviço. Ou seja, as terceirizadas recebendo o pagamento da Vale Fertilizantes e o trabalhador em casa.
Relacionamos mais algumas evidências que demonstram a forma precária como a empresa vem funcionando, por pura incompetência e desorganização. Confiram:
1 – Rompimento de contrato com algumas empreiteiras de forma truculenta e desorganizada.
2 – Falta de material para manutenção. As compras são feitas sem levar em consideração o custo, frete e qualidade do produto.
3 – Intervenções desnecessárias em equipamentos.
4 – Não utilização da manutenção preventiva nos equipamentos, deixando-os rodar até além do limite de operação proposto pelo fabricante, gerando a quebra e custos adicionais de dezenas de milhões de reais.
5 – Falta de planejamento, principalmente nas minas, para descapeamento e retirada de outros minérios para chegar até a larva da rocha fosfática, que não está sendo feita conforme a boa técnica, gerando inconsistência nos teores da rocha. Com isso, as usinas não conseguem a flotação do minério adequadamente, provocando perda de qualidade do produto e aumentando ainda mais os custos operacionais.
6 – Falta de combustível para a frota de caminhões e manutenção inadequada por falta de peças de reposição.
7 – Ineficiência nas trocas de turno.
8 – Área de comercialização não existe. Colocaram pessoas com capacidade duvidosa para responder pelo setor, sem conhecimento específico da real situação do mercado de fertilizantes, ficando a empresa refém dos grandes misturadores, que manipulam o mercado a seu bel-prazer, com a redução sistemática dos preços dos produtos da empresa, tornando-a ineficiente e deficitária.
Essas são apenas algumas das irregularidades levantadas e apontadas, entre várias outras que estaremos divulgando posteriormente. De quem é a culpa pelos prejuízos e pela falência da unidade, afinal? Dos empregados ou dos empregadores? Eis a questão.
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