Os desafios ao crescimento este ano vão além do consumo menor e das incertezas que travam os investimentos. O nosso comércio exterior está mais fraco. As exportações despencaram com a queda dos preços das matérias-primas. As importações recuaram, e a corrente de comércio ficou menor. O saldo está negativo em US$ 5,4 bilhões. O preço do minério de ferro caiu pela metade.
O minério de ferro, por exemplo, que é nosso principal item da pauta de exportação, foi negociado no primeiro trimestre do ano passado a US$ 98 a tonelada. Já nos três primeiros meses deste ano, foi vendido por US$ 50, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Caiu praticamente à metade.
A indústria brasileira completou em fevereiro o 41º mês seguido de cortes de vagas, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse recorte, o número de trabalhadores na indústria caiu 4,5% no segundo mês do ano. O ritmo das demissões aumentou e foi o mais intenso desde novembro de 2014, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários do IBGE.
Todos os 18 ramos da indústria cortaram vagas. As demissões atingiram principalmente os trabalhadores das fábricas de meios de transporte (redução de 8,7% nos postos de trabalho), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), produtos de metal (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-8,5%), máquinas e equipamentos (-4,6%).
Entre janeiro e fevereiro, o setor fechou 0,5% das vagas. No primeiro mês do ano, o corte havia sido de 0,2%, em relação a dezembro.
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