Familiares das vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, fizeram protesto na tarde desta última segunda-feira (9) durante a abertura da Exposibram, Congresso de Mineração que é realizado no Expominas, em Belo Horizonte, até sexta-feira (12). Até agora, 249 pessoas morreram e 21 seguem desaparecidas.
Cerca de 30 pessoas protestaram contra a Vale, mineradora responsável pela barragem que se rompeu. Josiane Melo, que perdeu a irmã grávida de 5 meses, foi uma das pessoas que esteve presente. O corpo da Eliane Melo foi encontrado 5 de abril, 70 dias após a tragédia.
A luta, segundo ela, é para que a Vale reconheça o bebê como vítima fatal. E para que as outras 21 famílias consigam enterrar seus parentes.“Dormimos e acordamos no dia 25 de janeiro todos os dias. Isso vai ser para sempre, né?”, disse.
Durante a abertura, houve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. Os familiares cobraram do governador Romeu Zema (Novo) um posicionamento sobre a tragédia da Vale. “Ele estava lá, mas não falou nada sobre Brumadinho. Nada. Mesmo a gente gritando, a gente pedindo”, contestou Josiane.
Logo após a abertura, os familiares espalharam cartazes com as fotos de cada uma das vítimas em frente ao estande da Vale. “Todas as palestras da Vale foram canceladas. Conseguimos fazer nosso protesto de forma limpa, honesta. As fotos falam por si”, concluiu Josiane.
A reportagem do G1 fez contato com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a Vale Fertilizantes e o governo do Estado, mas não obteve retorno.
fonte: G1
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