A China, principal destino das exportações brasileiras de Soja, continua firme no plano estratégico de ter sua própria trading no Brasil para
negociar diretamente o grão.
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O objetivo do país asiático, cujo poder no mercado
de commodities é crescente, é evitar a intermediação das grandes múltis do
setor, como as americanas Cargill, Bunge e ADM.
Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA
(USDA), o Brasil manterá, neste ciclo 2013/14 - em fase de colheita no
Hemisfério Norte e de plantio no Hemisfério Sul -, a liderança nas exportações
globais de Soja em grão conquistada em 2012/13, quando superou os americanos.
Os embarques deverão totalizar 42,5 milhões de toneladas. E a China é o
principal país importador da oleaginosa, com volume estimado em cerca de 69
milhões de toneladas em 2013/14.
Pequim dispõe de força crescente também para impor
a expansão de sua moeda nas transações comerciais. Para certos analistas, o
renminbi será uma moeda importante no comércio em geral e nas matérias-primas
em particular.
A China representa entre 40% e 50% das importações
mundiais de diversas commodities e esse peso, segundo os analistas, deveria
conferir ao país um papel mais importante na fixação de preços das commodities
e no uso de sua moeda.
Companhias chinesas procuram se expandir no mercado
internacional de commodities. No ano passado, o Bank Of China, por exemplo,
tornou-se membro do London Metal Exchange. E o país também começa a atrair a
atenção dos parceiros nas negociações agrícolas na Organização Mundial do
Comércio (OMC) para temas até então focados nos EUA e na União Europeia.
Nesse contexto, Pequim não quer nem ouvir falar de
novas regras para empresas estatais que operam no mercado Agrícola, como é o
seu próprio caso em produtos como algodão e arroz. Tampouco mostra
flexibilidade sobre uma regra de transparência para quotas tarifárias. Pequim
estabelece quotas para controlar as importações e evitar maior concorrência aos
produtores locais de vários produtos agrícolas.
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