Stiquifar denunciará a Naq Global ao Ministério Público do Trabalho



A diretoria do Stiquifar recebeu várias denúncias dos trabalhadores informando que a Naq Global Química e Fertilizantes está com o adiantamento salarial atrasado e por causa disso estão enfrentando uma série de transtornos para arcarem com os seus compromissos.

O sindicato destaca que não resta outra alternativa a não ser promover uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT), relatando o posicionamento do Ministério do Trabalho (MT/Uberaba) e as denúncia feitas na OIT – Organização Internacional do Trabalho.

Se a situação persistir, a presidente Graça Carriconde garantiu que irá tomar uma posição mais contundente, como convocar os trabalhadores para uma paralisação. “Não dá mais para conviver com isso. O trabalhador só tem a força de trabalho e ele precisa sobreviver pois se trata de uma questão de dignidade e cunho alimentar”

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Anvisa decide agilizar reavaliação de registros de agrotóxicos



Em meio ao aumento de registros de agrotóxicos no país, e para tentar melhorar a análise desses produtos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu adotar novos critérios de avaliação de risco e demanda comercial nessa frente. Com os novos procedimentos, que estabelecem uma fila de prioridades, o tempo médio para a reavaliação de um defensivo agrícola deverá cair de cerca de dois anos para até 8 meses.

A Anvisa faz reavaliações para averiguar se um agrotóxico que já está no mercado apresenta novos riscos à saúde ou ao ambiente e precisa ser banido ou pode permanecer no mercado, ainda que com restrições de uso. No Brasil não há prazo para a renovação de um registro. Com isso, em tese um agrotóxico pode ser comercializados por tempo indeterminado.

Segundo Renato Porto, diretor da Anvisa, a necessidade de reavaliar um agrotóxico com mais agilidade faz parte do processo em curso de modernização e melhoria dessa área da agência. Esse processo foi aprovado por meio de uma resolução da diretoria colegiada da agência em 2018.

“Não adianta a gente ter tantos registros e a fila diminuir, e essa é a nossa intenção. É preciso modernizar inclusive a etapa de reavaliação e diminuir o padrão toxicológico do Brasil”, afirmou Porto. “Mas não posso retirar um produto do mercado e deixar a safra sem opção. Vamos dar velocidade ao registro e à reavaliação. E esse é o caminho que todos os países fizeram”.

O diretor lembrou que a lei brasileira sobre registro de agrotóxicos, de 1989, determina que o governo só libere produtos menos ou igualmente tóxicos do que aqueles que estão no mercado.

Junto com o Ministério da Agricultura e o Ibama, órgãos que também respondem pela análise de pedidos para registrar agrotóxicos no Brasil, a Anvisa vem sendo questionada pelo grande número de liberações desses produtos neste ano: de janeiro até 22 de julho foram 262, 28 a mais que no mesmo período do ano passado.

Até hoje não havia critério para reavaliação nem fila de prioridades para tal, e a Anvisa só vinha reavaliando agrotóxicos sob determinação judicial — foram 14 moléculas desde 2008, das quais 12 foram banidas do mercado. Com a nova metodologia, porém, a agência definiu quatro critérios principais para o estabelecimento de uma lista de prioridades: classificação de perigo, demanda comercial, risco ao consumidor e risco ao trabalhador.

Com base nesses critérios, a Anvisa partiu de uma lista de 43 agrotóxicos identificados dentro da própria agência ou por Ministério Público, Câmara dos Deputados e entidades do setor de agronegócios, ambientalistas e de saúde.

Desse total, foram selecionados 24 que apresentavam pelo menos alguma característica proibitiva de registro, como a possibilidade de causar câncer, mutação genética e má formação fetal, ou ofereciam algum risco para os trabalhadores rurais ou de deixar resíduos nos alimentos, entre outras condicionantes.

No fim do processo, foram priorizados sete agrotóxicos, cujo primeiro edital de convocação das empresas fabricantes deverá ser publicado em dezembro — o primeiro produto da fila é o fungicida Carbendazim. Os fabricantes terão seis meses para entregar documentação para que a Anvisa inicie a reavaliação.

A reavaliação será feita com um produto de cada vez. Desses sete, o Carbendazim, assim como o fungicida Promicida e o herbicida Linurom, não são autorizados na Europa. O fungicida Clorotalonil deixará de ser liberado pelos europeus em novembro deste ano e o inseticida Clorpirifós, só a partir de janeiro de 2020. Os outros dois são autorizados na Europa: os fungicidas Tiofanato metílico e Epoxiconazol.

fonte: Ferquifert
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Crescimento anual acumulado de 1% reforça falta de vigor da recuperação


A economia segue se recuperando em ritmo lento em relação à recessão verificada nos anos de 2015 e 2016, indicam os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres reforça que ainda há falta de vigor na recuperação.

Depois de a economia rodar em um ritmo próximo de 1,5% nos três primeiros trimestres de 2018, houve queda na taxa de crescimento para 1,1%, 0,9% e 1,0%, nos três trimestres seguintes.

Isso é explicado por conta dos dois principais componentes do PIB. Pelo lado da produção, o setor de serviços perdeu fôlego desde o último trimestre do ano passado. O mesmo ocorreu, pelo lado das despesas, com o consumo das famílias.

André Diz, professor de macroeconomia do Ibmec, afirma que o setor de serviços e o consumo das famílias estão praticamente estáveis e que não há espaço para mudança desse cenário até o final deste ano.

“Eu interpretaria isso mais como uma estagnação mesmo. Se consumo e Serviço estão estáveis, estamos estagnado sim”, afirma o economista, que projeta crescimento de 0,8% para 2019.

“Tivemos uma mini retomada. A gente foge desse carimbo de recessão, mas estamos andando de lado há praticamente três anos. É difícil ver reversão desses cenário neste semestre. E isso pode piorar a depender desse cenário internacional.”

O pesquisador Leonardo Mello de Carvalho, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), não avalia o cenário como de estagnação, apesar de também projetar um crescimento de 0,8% para este ano.

A instituição previa expansão de 0,5% para o PIB do segundo trimestre, pouco acima do 0,4% registrados pelo IBGE.

Carvalho destaca que houve melhora na composição do PIB, com recuperação dos investimentos e da indústria, em especial, a da construção. Esses são fatores que podem contribuir para uma recuperação mais efetiva do mercado de trabalho.

“A gente está vendo um ritmo de crescimento da atividade lento e gradual. Vem crescendo pouco, mas vem crescendo. Até pelo fato dessa composição ter melhorado, eu não usaria o termo estagnação”, afirma o pesquisador do IPEA.

“Nossa expectativa é que, ao longo do segundo semestre, a gente veja um efeito positivo em termos de confiança, e isso pode encadear o início de um ritmo mais forte de crescimento. Talvez não tenha efeito os números deste ano, mas no ano que vem podemos crescer em um ritmo melhor”, diz Carvalho. A instituição projeto expansão de 2,5% em 2020.

O economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria Integrada, afirma que o cenário não pode ser descrito nem como de recuperação nem como estagnação, mas de uma retomada muito lenta e baseada ainda no consumo das famílias.

Os dados do segundo trimestre, no entanto, mostraram uma retomada da construção civil e dos investimentos. “Não é possível ter um ciclo longo e sustentável só baseado no consumo das famílias”, afirma o economista.

A consultoria projeta crescimento de 0,9% neste ano e 2% para o próximo, previsões que podem ser revistas para baixo em razão da piora no cenário internacional.

O professor Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV, afirma que ainda não está claro que a economia tenha começado a acelerar.

“Precisa ver se os próximos trimestres vão confirmar isso. De qualquer jeito, 2019 dificilmente vai ser diferente de 0,5% a 1%. Precisaria ter um crescimento brutal para passar disso”, afirma.

“Depende também do que vai acontecer lá fora. A economia mundial parece estar entrando em um momento ruim. E, se entrar, dificilmente a gente vai conseguir recuperar.”

BALANÇO DO IBGE
Os dados do IBGE mostram ainda que, no terceiro ano após o fim da recessão, a economia está 3,7% acima do verificado no quarto trimestre de 2016, quando chegou ao patamar mais baixo da crise recente.

No entanto, ainda se encontra 4,8% abaixo do ponto mais alto, que foi registrado no primeiro trimestre de 2014, antes da crise.

“Já tínhamos voltado ao patamar de 2010, de 2011 e, agora, estamos no mesmo [patamar] do segundo trimestre de 2012. Então [a economia] vem se recuperando, mas ainda não recuperou tudo. É gradual”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Trimestrais do IBGE.

“A gente só está vendo um trimestre que foi melhor que o trimestre anterior. Teria de ter um período maior para falar isso [que houve aceleração da recuperação]”, afirmou Claudia Dionísio, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.

Segundo a gerente do IBGE, o resultado do trimestre foi puxado pela demanda interna. As exportações recuaram (-1,6%) pelo segundo trimestre seguido, na esteira da crise argentina e da queda no preço de algumas commodities (matérias primas).

As importações, por outro lado, cresceram 1%. “Isso também tem relação com o crescimento da indústria de transformação. Os itens que mais puxaram estão relacionados com investimentos, bens de capital”, afirmou a gerente do IBGE.

fonte: Força Sindical
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Governo Bolsonaro quer mudar regras sindicais em nova reforma trabalhista




A iniciativa é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O órgão integra o Ministério da Economia, de Paulo Guedes. O grupo de trabalho será instalado nesta sexta-feira (30), em São Paulo.

O objetivo é que membros do Judiciário auxiliem nos estudos de medidas na área de direito do trabalho e segurança jurídica, para que a proposta final tenho o menor volume possível de brechas para questionamentos legais.

O governo já fez propostas para alterar normas de segurança e saúde no trabalho e promover uma desburocratização. Também busca ampliar mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que passou por revisão durante o governo Michel Temer (MDB)

A reforma trabalhista de Temer está em vigor desde novembro de 2017. De lá para cá, não conseguiu ampliar a oferta de novas vagas, como prometeram alguns de seus defensores, mas reduziu de forma drástica a judicialização na área e desafogou a Justiça do Trabalho.

O número de processos trabalhistas à espera de julgamento em primeira instância, por exemplo, recuou em junho a menos de 1 milhão pela primeira vez em 12 anos.

MP da liberdade
Em agosto, o Congresso aprovou a MP (medida provisória) da Liberdade Econômica, que chegou a ser chamada de minirreforma trabalhista e foi um início na revisão de regras. Vários pontos, no entanto, acabaram sendo retirados da proposta por serem considerados alvos certos de questionamentos na Justiça.

Agora, o recém-criado Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), segundo ofício do secretário Rogério Marinho, tratará da “modernização das relações trabalhistas”.

As atribuições do órgão constam de documento encaminhado ao presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Dias Toffoli. O ofício é de 22 de julho. Nele, Marinho pede a autorização para a participação de oito magistrados em um grupo temático.

No ofício, o secretário afirma também que o grupo terá a missão de “avaliar o mercado de trabalho brasileiro sob a ótica da melhoria da competitividade da economia, da desburocratização e da simplificação de normativos e processos [regras e leis]”.

A intenção é finalizar a reforma de Temer. As mudanças ficaram inconclusas em pontos polêmicos, como as regras para a definição de indenização por danos morais.

Temer, após a aprovação da reforma trabalhista, encaminhou MP para fazer ajustes na CLT, mas o texto caducou. Além de amarrar regras que ainda estão pendentes na avaliação de especialistas, o grupo apresentará novas propostas.

Uma delas tratará do fim da unicidade sindical. Hoje, a lei permite apenas uma entidade por base territorial —por município, uma região, estado ou país.

Com isso, a meta é promover a pluralidade sindical no Brasil. A reforma de Temer já alterou regras para as entidades e acabou com o imposto sindical obrigatório.O Gaet terá quatro órgãos temáticos. Um deles, composto pelos magistrados, é o Grupo Direito do Trabalho e Segurança Jurídica.

Os especialistas serão coordenados pelo ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Ives Gandra Martins da Silva Filho. Ele presidiu a corte durante a tramitação da reforma de Temer.

A coordenadora-adjunta será Ana Luiza Fischer Teixeira de Souza Mendonça. Ela é juíza da 3ª Vara do Trabalho em Juiz de Fora (MG).O Gaet se reunirá uma vez por mês. Os grupos temáticos terão encontros quinzenais. Os trabalhos ainda não foram iniciados.

Redução de ações
A reforma de Temer, por exemplo, inseriu na lei o trabalho intermitente e impôs ao trabalhador, em caso de derrota, pagamento de custas do advogado do empregador.Houve então redução no número de novas ações apresentadas em primeira instância. Entre 2017 e 2018, a queda foi de 34,2%, de 2,6 milhões para 1,7 milhão.

Em junho, como mostrou a Folha, o volume de ações pendentes de julgamento ficou abaixo de 1 milhão pela primeira vez desde 2007.Segundo dados do TST, até o primeiro semestre deste ano, aguardavam resolução 959 mil processos. Em 2017, era 1,8 milhão.

Emendas Parlamentares
Da MP da Liberdade Econômica, propostas de alteração de leis trabalhistas caíram.O projeto original de Bolsonaro não continha mudanças na CLT. Elas foram colocadas no projeto por congressistas.

No Senado, o texto terminou sem a autorização do trabalho aos domingos para todas as categorias. A nova lei libera o empregado de bater o ponto todo dia e permite a abertura de agências bancárias aos sábados.

fonte: Folha de São Paulo
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Plano de emergência da Vale tem aprovação durante simulação de ruptura de barragem em Corumbá



A simulação de ruptura da Barragem Gregório, mantida pela mineradora Vale na Morraria de Santa Cruz, em Corumbá, mobilizou mais de 500 pessoas, na manhã desta quinta-feira (29), e o resultado da ação de mobilização e segurança coordenada pela empresa foi aprovada pelos órgãos de fiscalização. Os ajustes, no entanto, incluem maior engajamento dos moradores que residem na rota de inundação dos rejeitos em caso de acidente.

Para o coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Fábio Catarinelli, o teste do Plano de Ação de Emergência para Barragem de Mineração (PAEBM) foi satisfatório no aspecto de mobilização, que envolveu uma área expressiva e um contingente de pessoas, entre a comunidade, funcionários da Vale e técnicos dos órgãos que acompanharam a simulação. “Pela legislação, a empresa cumpriu o plano com algumas ressalvas”, informou.

A Barragem Gregório, considerada de dano alto, é uma das mais antigas (28 anos) em operação em Corumbá, distante cerca de 40 km do centro urbano, com capacidade para nove milhões de metros cúbicos de rejeitos. Segundo a Vale, hoje ela foi redimensionada e opera com dois milhões de metros cúbicos. Em caso de rompimento, a lama percorrerá 12,7 km até a BR-262 (km 740), no tempo de 1h10m, não ultrapassando a rodovia, segundo projeção.

Ação foi coordenada

Conforme divulgou a empresa, há um desnível de 630 metros entre a barragem e a BR-262, que está situada entre a morraria e o Pantanal do Jacadigo. O cenário desenhado, em caso de acidente, aponta que a mancha chegará próxima à rodovia com 60 centímetros de espessura, depois de perder volume e velocidade com a concentração de rejeitos após 5 km da barragem. Na rota de inundação, existem três balneários particulares e 199 moradores.

“É uma situação de emergência mais complexa, que envolve maior volume de pessoas e profissionais da área operacional, mas houve coordenação na ação e os moradores chegaram com antecedência aos pontos de encontro após o acionamento da sirene”, avaliou o tenente-coronel Catarinelli. Ele ressaltou, porém, que no primeiro ponto de encontro, onde a lama chegaria em 18 minutos, houve apenas três minutos para evacuar as pessoas.

A sirene de alerta do rompimento da barragem foi acionada às 9h55, cinco minutos antes do previsto e sem aviso prévio, a pedido dos técnicos da Agência Nacional de Mineração (ANM), que acompanharam o disparo do dispositivo na sala operacional próximo à concentração dos rejeitos. O plano de ação emergencial, com fechamento de estradas vicinais e auto socorro dos moradores, teve a duração de 38 minutos, com a adesão de 43% dos moradores.

Capacitação de bombeiros

As conclusões apontam a necessidade de ajustes ao plano, como um trabalho de convencimento dos moradores que ainda relutam em deixar suas casas em caso de acidente. Funcionários da siderúrgica da Vetorial, situada fora da rota de inundação, disseram que não ouviram a sirene e a Vale informou que pretende incluir na mobilização avisos sonoros móveis. Duas de um total de nove sirenes pararam de funcionar, cujas causas serão verificadas.

A Vale montou o posto de operação na Escola Municipal Castro Alves, situada ao lado da estação ferroviária do distrito de Maria Coelho e trabalha com sete pontos de encontro para os moradores da região de risco. O coordenador estadual de Defesa Civil solicitou à Vale a capacitação de bombeiros para atuarem em situações de sinistros e a prefeitura de Corumbá anunciou que está realizando um plano de contingência para as barragens do município.

Além da Defesa Civil do Estado, presenciaram a simulação o comandante do Corpo de Bombeiros de Corumbá, major Luciano Alencar; o coordenador de Defesa Civil do município, tenente Isaque Nascimento; Luiz Mário Ferreira, Lisane Knauf e Diego do Carmo Brito, do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS); e representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), Ibama, Exército, Marinha, Ministério Público e mineração Vale.
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Veja os direitos do aposentado que está no mercado de trabalho


Quem está no mercado formal seguirá contribuindo com a Previdência Social e o patrão ainda terá de recolher a grana do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Além do 13º da aposentadoria, ele também recebe o abono de fim de ano pago pela empresa.
O advogado João Badari, do escritório Badari, Aith e Luchin, explica que o aposentado tem os mesmos direitos dos demais funcionários. Isso vale para férias, jornada de trabalho de 44 horas semanais e plano de saúde, quando houver.
Ele lembra que o governo tentou retirar, na reforma da Previdência, a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia em caso de demissão sem justa causa. A proposta inicial também acabava com os depósitos mensais no fundo. As mudanças, porém, não passaram e a regra atual foi mantida.
Ainda no caso do FGTS, o aposentado tem a vantagem de poder sacar os valores todos os meses, caso se aposente e continue na mesma empresa. É possível pedir que a Caixa Econômica Federal transfira os valores para a conta-corrente.
O que ele perde, explica o advogado, são os direitos a benefícios previdenciários como o auxílio-doença, por exemplo. As contribuições recolhidas também não podem ser usadas para melhorar o valor da aposentadoria _o Supremo Tribunal Federal decidiu que não há o direito à desaposentação, também conhecida como troca de aposentadoria.
O trabalhador autônomo, que é prestador de serviço, também é considerado um contribuinte obrigatório. Badari explica que o segurado pode vir a ser cobrado pela Receita Federal, que é a responsável pelo recolhimento desses valores.
Uma opção mais econômica seria o aposentado se cadastrar como MEI (Microempreendedor Individual), na qual a cobrança é de 5% do valor do salário mínimo mais impostos municipal e estadual sobre a atividade.
Direitos garantidos |Aposentado, mas ainda trabalhando
O trabalhador que já é aposentado mantém os direitos trabalhistas
No INSS, ele perde algumas garantias, como benefício por incapacidade
Confira o que está garantido:
FGTS

Quando se aposenta, o trabalhador tem direito de sacar toda a grana do FGTS
Se continuar na mesma empresa, há a possibilidade de sacar todo mês os 8% do valor do salário depositados pelo patrão na conta do fundo
Caso mude de empresa, só será possível pegar os valores na demissão
Reajuste anual

O aposentado terá o benefício reajustado pelo INSS, mesmo ganhando o salário da empresa
No caso do reajuste salarial negociado pela categoria, ele também vai receber os valores, como os demais trabalhadores
Pedido de revisão

Caso encontre alguma falha ou diferença no valor de sua aposentadoria, o trabalhador pode solicitar a revisão do benefício
O aposentado tem até dez anos para pedir uma revisão, mas o INSS paga os atrasados de até cinco anos antes do pedido

Plano de saúde
Ao continuar trabalhando com registro em carteira, o aposentado tem os mesmos direitos dos outros colegas

Na demissão
Ao sair da empresa, é possível manter o plano somente se contribuiu com os pagamentos
Portanto, somente quem pagou coparticipação vai manter o plano
Duração

Cada ano em que o funcionário teve o plano empresarial equivale a um ano de manutenção do plano após a aposentadoria
Caso ele tenha pago o convênio por dez anos ou mais, o direito será mantido enquanto a empresa fornecer esse benefício

Seguro-desemprego
Como o trabalhador aposentado já tem uma renda, ele não tem direito ao seguro-desemprego
Porém, se for demitido sem justa causa, recebe a multa de 40% sobre o saldo do FGTS depositado pela empresa

Novas contribuições
Apesar de continuar a contribuir ao INSS, o trabalhador aposentado não conseguirá usar esses recolhimentos
Em 2016, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que aposentados que voltaram ao mercado de trabalho não têm direito à correção do valor de seus benefícios por terem contribuído mais tempo com a Previdência

Benefícios do INSS
O trabalhador aposentado tem direito a:

Salário-família
O benefício é liberado para quem tem filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade, desde que seja de baixa renda
O aposentado que trabalha pode requerer o benefício diretamente ao patrão
Reabilitação profissional

O aposentado que está doente ou sofreu um acidente e, por isso, está impossibilitado de trabalhar, tem direito à reabilitação profissional
Neste caso, o INSS deve fornecer cursos de capacitação, próteses, órteses, instrumentos de trabalho, auxílio para transporte e alimentação

Fonte: Agora SP
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Quem conhece o texto desaprova a reforma, explica a dra. Tônia


A mais recente pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostra que a maioria dos brasileiros reprova a reforma da Previdência, nos termos em que foi chancelada pela Câmara dos Deputados. A advogada Tônia Galleti, especialista no assunto previdenciário, resume a rejeição: "Quem conhece, não aprova".
 

Publicada segunda, dia 26, a pesquisa aponta que 59,01% são contra a reforma; 40,99% estão favor. A diferença é de quase 20 pontos. Apesar da maciça propaganda governamental e dos esforços da mídia amiga do Governo Federal, a reforma neoliberal não convence os brasileiros.
 

Advogada do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindinapi) e professora da FGV-SP, a dra. Tônia foi entrevistada pela Agência Sindical. Ela comenta a PEC 06/2019, que agora tramita no Senado.
 

Principais trechos da entrevista:
 

Propaganda - “Governo e a grande mídia desencadearam uma forte campanha, tentando passar a ideia de que a reforma previdenciária é uma espécie de panaceia, a partir da qual o Brasil voltará a crescer, criar empregos e muitos dos nossos problemas se resolverão. E não é assim. Essa propaganda toda omite a verdade”.
 

Arrocho - “A reforma tem várias maldades. O que eu considero mais grave é a perda na renda. A aposentadoria tem entre seus objetivos manter o padrão da renda oriunda do trabalho. Mas isso vai piorar muito. A mudança nas regras de cálculo reduzirá o valor das futuras aposentadorias em cerca de 60% do que se recebe hoje. Com isso, cai por terra um princípio caro à Previdência, que é garantir ao aposentado seu padrão de renda originada do trabalho. Nem sempre a vida de quem se aposenta fica mais cara. Mas tende a ficar. Portanto, a pessoa terá uma vida mais cara, ganhando menos”.
 

Informação - “O sindicalismo, as demais entidades de classe, os setores progressistas da sociedade, segmentos religiosos e outros, que tenham relação com o povo mais pobre, precisam informar suas bases sobre os retrocessos e as perdas. Muita gente não sabe que, para atingir o pico da média, mesmo uma média mais baixa que a atual, teremos que contribuir por 40 anos. Se as pessoas souberem disso, e de outros problemas que a PEC 06 acarreta, elas ficarão contra essa reforma”.
 

Privilégios - “Continuaremos a conviver com aposentadorias de R$ 40 mil, de R$ 50 mil e assim por diante. Pior. Haverá arrocho porque a política de valorização do salário mínimo não foi mantida. Esse arrocho na base será brutal para os aposentados, mas atingirá também a imensa maioria dos municípios brasileiros, cuja economia depende muito da renda dos aposentados e dos benefícios previdenciários”.
 

A dra. Tônia Galetti também alerta sobre o fim da aposentadoria especial pra quem exerce funções inseguras ou trabalha em locais insalubres. “Isso atinge os trabalhadores, que, em regra, é gente de renda baixa. Porém, há muita confusão nisso, levando muitos a pensarem que toda aposentadoria especial é privilégio”.

Para a advogada, preocupa ainda a possibilidade da capitalização. “É o que prometem, após aprovação no Senado”, ela afirma.
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Economia brasileira tem desempenho fraco e cresce 0,4% no 2º trimestre


A economia brasileira apresentou pequena alta de 0,4% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 29. O resultado reflete a fraca atividade econômica do país, que não conseguiu ensaiar uma retomada de fôlego após ter registrado retração de 0,2% nos primeiros três meses de 2019. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto(PIB) do segundo tri totalizou 1,780 trilhão de reais. Nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o PIB acumulado é de 0,7%.

Apesar de fraco, esse resultado do PIB afasta o risco de uma recessão técnica, termo usado por economistas quando há resultado negativo por dois trimestres seguidos. Na prática, a recessão técnica significaria um sinal de alerta de que algo não vai bem com a economia do país. Ainda, no entanto, não se trata de uma recessão de fato, quando é vista uma situação econômica mais deteriorada.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia apresentou alta de 1%. O Produto Interno Bruto é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local.

Com o resultado ruim do primeiro semestre, o desempenho dos últimos seis meses de 2019 passa a ser decisivo para o crescimento deste ano e, sobretudo, para 2020. Segundo o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, economistas estimam que o PIB deva avançar apenas 0,8% neste ano – abaixo do crescimento dos últimos dois anos.

Há tempos a economia brasileira não apresenta um avanço significativo. Tanto em 2018 como em 2017, o PIB foi de 1,1%. Em 2016 e em 2015, a economia teve retração, de 3,3% e de 3,5%, respectivamente. Devido a sinais de desaceleração de indicadores econômicos desde o início deste ano, bancos e consultorias passaram a cortar sistematicamente as projeções de crescimento para este ano.

Os cortes das projeções levam em conta, principalmente, a falta de articulação do governo para acelerar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, além da dificuldade do Planalto em implementar medidas que possam estimular a atividade econômica. A aprovação de reformas, tanto da Previdência como tributária, adicionada a medidas de estímulos, poderiam trazer de volta a confiança de empresários e consumidores e, consequentemente, das decisões de investimentos.

FONTE: força Sindical
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VIVO mantém proposta com redução de salários


Na segunda rodada de negociação para o Acordo Coletivo 2019/2020, a VIVO insiste na precarização e na aplicação do reajuste somente em 2020. 

O cenário está se complicando com esse posicionamento da empresa, pois o mesmo não condiz com os excelentes resultados divulgados na mídia.Segue proposta apresentada pela VIVO:

• Salários e pisos: 2% a partir de 1º de agosto de 2020;

• Abono indenizatório: 24% do salário nominal limitado a R$ 960.

Benefícios
• VA/VR: 2% a partir de abril de 2020, exceto Cesta Básica;

• FIM da Cesta Básica: incorporação de 50% do valor no salário nominal e nos pisos a partir de janeiro de 2020;

• FIM do VA/VR nas férias, afastamentos, atestados e faltas: Somente será concedido nos dias trabalhados;

• Correção dos demais benefícios (auxílios, km, funeral) em 2% a partir de abril de 2020, exceto locação de veículo.

• Plano Médico: implantação do desconto da mensalidade de 1,5%, limitado a R$ 600, a partir de fevereiro de 2020 para os empregados que não estão contribuindo, passando a ser compulsório.

• Banco de Horas: passar para 180 dias e implantar para as equipes de campo;

A VIVO insiste em não dar reajuste na data base, mas persiste na implantação de mensalidade para o plano de saúde. Resumindo: isso reduzirá os salários. Inadmissível a VIVO continuar com essa e outras maldades, pois não condiz com sua grandeza.

Reivindicamos agilidade nas negociações, mas pelo jeito a empresa não tem o mínimo interesse e prefere enfrentar o descontentamento de seus trabalhadores.

O SINTETEL está insistindo em uma negociação séria, ágil e sem precarizações. Nova reunião agendada para dia 11/09/19.


Fonte: SINTETEL Read More!

Presidente do STF fará palestra amanhã para sindicalistas em São Paulo



O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli estará, sexta-feira (30), às 10 horas, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, São Paulo.

Toffoli vai fazer uma palestra, a convite da Força Sindical, sobre Democracia e Direitos.

Agenda: Palestra de Dias Toffoli para sindicalistas da Força Sindical

Data: 30 de agosto
Horário: 10 horas
Local: sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Endereço: Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, São Paulo-SP
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Governo quer tirar adicional de 10% de multa do FGTS paga por empresas



O governo quer acabar com o adicional de 10% da multa rescisória sobre FGTS pago pelas empresas. O adicional foi criado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) com a finalidade de bancar o rombo deixado pelos planos econômicos Verão (1989) e Collor I (1990).

Hoje, as empresas pagam 50% de multa nas demissões: 40% ficam com o trabalhador e os outros 10% vão para os cofres da União, que repassa os recursos para a administração do fundo. Por ano, esses 10% correspondem a R$ 5,4 bilhões pagos pelas empresas.

Ao acabar com a multa “extra” – medida que precisaria do aval do Congresso –, o governo conseguiria abrir um espaço para aumentar as despesas e, mesmo assim, cumprir o teto de gastos, que é o limitador do crescimento de despesas atrelado à variação da inflação. Isso porque a multa de 10% entra no Orçamento primeiro como receita e, depois, como gastos obrigatórios, já que a União é obrigada a pagar o FGTS.

A equipe econômica tenta encontrar formas de reduzir as despesas obrigatórias (como o pagamento de salários, aposentadorias e pensões) para não sacrificar ainda mais as despesas com custeio e investimentos (chamadas de “discricionárias” no jargão técnico).

A proposta de um Orçamento muito apertado de 2020, que será enviada nesta semana ao Congresso, prevê apenas R$ 85 bilhões para gastos com custeio e investimento – nível que já é considerado muito baixo para que os ministérios mantenham a oferta de programas e serviços.

Um quadro semelhante ao vivido hoje pela Esplanada, com o agravante de que 2020 já começaria nessa situação. Hoje, esse é o patamar atual do Orçamento, depois de bloqueios que somam R$ 34 bilhões. O chamado contingenciamento colocou os ministérios e órgãos em situação crítica, caminhando para uma paralisação, um quadro que é chamado de “shutdown”. Nesse cenário, há risco de “desligamento” de serviços em muitos ministérios, agências reguladoras e até mesmo na Receita Federal, órgão que tem justamente a função de arrecadar impostos).

Nas últimas semanas, o esforço da equipe econômica tem sido o de buscar mecanismos para revisar despesas obrigatórias e elevar os gastos discricionários para um patamar em torno de R$ 100 bilhões no ano que vem. Do contrário, o risco de descumprimento do teto em 2020, quatro anos depois da sua vigência, pode ocorrer.

O adicional de 10% compensa o FGTS das perdas judiciais, mas o entendimento da área econômica é de que a cobrança já perdeu o objetivo. Quando o teto de gasto foi instituído, a despesa com o repasse da multa adicional estava nas contas. Dessa forma, acabou entrando no teto. Com a eliminação do adicional, o Orçamento perde a receita, mas também a obrigação de repassar os recursos ao FGTS. Hoje, a receita obtida com a multa e despesa (transferida ao FGTS) apenas transita pelo Orçamento, sem impacto no resultado das contas públicas.

Correção do salário mínimo pela inflação

A proposta de Orçamento prevê a correção do salário mínimo apenas pela inflação e não considera reajuste de salários dos servidores públicos. Fontes informaram que a previsão de despesas obrigatórias no projeto de lei orçamentária já deve prever um ganho entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões de economia das despesas com a aprovação da reforma da Previdência.

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Petrobrás pede mediação do TST para novo acordo coletivo da categoria


A Petrobrás ingressou com um pedido de mediação no Tribunal Superior do Trabalho - TST para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019-2020 dos funcionários da estatal. O atual acordo da categoria vence em 31 de agosto. 

O pedido de mediação foi anunciado pela empresa na última segunda-feira, 26. De acordo com a nota publicada pela Petrobrás, a decisão foi tomada depois de “esgotadas as tentativas de chegar a um acordo nas negociações com as lideranças sindicais”. 

A Petrobrás afirmou ter “plena confiança de que a decisão de buscar a mediação do TST é a mais acertada a tomar neste momento, buscando evitar greves e paralisações”. A companhia alega que antecipou o início das discussões do acordo coletivo para maio “visando evitar contratempos e garantir as melhores condições para o diálogo”.

Desde então, mais de 20 reuniões foram realizadas e, de acordo com a companhia, foram apresentadas três propostas de negociação, sem resposta dos petroleiros. A Petrobrása firma que tenta reduzir a dívida da companhia que, no segundo trimestre deste ano, estaria estimada em US$ 101 bilhões.


O que dizem os petroleiros sobre o acordo coletivo

A Federação Única dos Petroleiros (FUP)  afirmou que a resposta da categoria será “um sonoro não à proposta indecorosa da gestão Castelo Branco (presidente da Petrobrás)". “A empresa insiste em uma proposta de Acordo Coletivo rebaixada, que retira direitos importantes da categoria e oferece um reajuste salarial que não cobre sequer a inflação do período”, informou a categoria por meio de nota.

Na tarde de segunda, a categoria realizou uma assembleia na sede da Petrobrás em Salvador, com presença da FUP e do Sindipetro Bahia, para debater a campanha salarial e a privatização do Sistema Petrobrás.


Entenda o impasse do acordo coletivo da Petrobrás

Como mostrou o Estatão em maio,  na primeira tentativa de negociação a Petrobrás alegou que entre 2003 e 2014 os funcionários tiveram ganho real de 51% acima da inflação e, por isso, não haveria recomposição salarial. 

A companhia também propôs não reajustar vale-alimentação e educação, além de acabar com o programa Jovem Universitário e com os adicionais pagos no Amazonas  e em campos terrestres.

Os petroleiros reivindicam recomposição salarial de 4,45%, com base no Índice de Custo de Vida do DIEESE acumulado entre 1º de setembro de 2018 e 31 de agosto de 2019. O porcentual seria o mesmo para os reajustes do vale-alimentação. A inflação oficial do período, medida pelo IPCA, ficou em 4,94%. 

A categoria também reivindica a permanência do programa Jovem Universitários e dos adicionais. De acordo com a Petrobrás, porém, o incentivo para trabalhadores no Amazonas e em campos terrestres não é mais necessário. "Ambos adicionais foram propostos quando a companhia tinha a necessidade de estimular que seus empregados fossem deslocados para trabalhar nessas áreas. No entanto, as necessidades de negócio mudaram”, afirma a companhia.

Outra mudança proposta pela estatal é que os sindicatos arcassem com a liberação de empregados dirigentes, e não mais a empresa. À época, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, afirmou que a Petrobrás tentava “retirar direitos e também praticamente aniquilar o movimento sindical”.

O Estadão entrou em contato com a Petrobras e com a Federação Única dos Petroleiros e aguardava retorno.
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Remoção da palha da cana-de-açúcar pode aumentar necessidade de fertilizante



O professor Mauricio Cherubim, do Departamento de Ciência do Solo da Escola de Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Univesidade de São Paulo (USP), falou ao Brasil Rural sobre a remoção da palha da cana-de-açúcar que poderá dobrar a demanda de fertilizantes para repor nutrientes no solo no Brasil.

Cherubim explicou que a planta é um grande transformador, porque ela retira do ar o carbono, do solo os nutriente e a água e acumula em sua biomassa.

A palha acumula uma série de nutrientes. Quando é removida, esses nutrientes se perdem. O ideal é que permaneça no solo para dar continuidade ao ciclo.

A ideia da pesquisa é alertar a cadeia produtiva sobre a ausência das palhas no solo, que pode aumentar a necessidade de fertilizantes.
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Trecho da BR-262 é interditado para simulação de rompimento de barragem


Em virtude da simulação de rompimento de barragem na empresa Vetorial, que fica localizada próximo da BR-262, em Corumba. O trecho da rodovia foi  interditado, ontem (28) trazendo transtorno para os motoristas. Nesta quinta-feira, (29), é a vez da simulação na mineradora Vale, mas neste caso, não haverá interdição da rodovia. 

"Num eventual rompimento da barragem da Vetorial, os rejeitos de minério poderiam chegar à BR-262, ao contrário da empresa Vale, que conforme estudos, não avançaria até a rodovia. Só na linha de frente da mineradora Vetorial, temos cerca de 10 moradias que seriam atingidas, o que representa entre 30 e 35 pessoas, entre crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos. 

Já na Vale, conforme os mapeamentos, existem cerca de 196 pessoas na região, porém, o número pode subir, caso um eventual sinistro ocorra no final de semana, por conta do grande movimento de pessoas na área, devido aos balneários”, explicou ao Diário Corumbaense o diretor-executivo da Defesa Civil de Corumbá, Isaque do Nascimento.

Ele ainda falou que a simulação é de grande relevância, pois é de caráter preventivo. “Na medida em que fazemos a simulação, temos um instrumento preparatório, para que, em caso de um rompimento de barragem, os funcionários das empresas, a população que está na frente dessa linha de risco e os órgãos envolvidos na segurança, possam ter uma resposta ao sinistro de forma segura e imediata.”

Para estes dias do simulado, foram convidados para participar órgãos como o Corpo Bombeiros, PRF, Exército, Marinha, SAMU, Meio Ambiente, Defesa Civil Estadual, Ibama, Agencia Nacional de Mineração, Guarda Municipal (pelo recurso humano que pode ser empregado) e o MPF, entre outros órgãos. 

Barragens em Corumbá
Mato Grosso do Sul conta com 16 barragens que armazenam resíduos de atividade mineradora, todas elas localizadas em Corumbá, mais precisamente no Maciço do Urucum, consideradas de “dano potencial alto”.
São estruturas como estas que se romperam em Mariana (MG), provocando dezenas de mortes, deixando milhares sem água potável, e acabando com povoados.

A barragem Sul, situada na Mina Laís (morraria de Urucum), a maior da Vetorial, tem capacidade máxima de 800 mil metros cúbicos, com projeto para ser ampliada para 1 milhão de metros cúbicos. Em caso de rompimento, essa barragem atingiria dois córregos e a lama se estenderia por 7 km.

A principal barragem da Vale, a Gregório (morraria de Santa Cruz), com capacidade para 9 milhões de metros cúbicos, opera há 27 anos sem apresentar problemas. Há outras barragens com rejeito seco, em processo de retomada operacional, e também unidades que estocam rejeitos de manganês, em menor escala em relação ao minério de ferro. Essas barragens estão situadas às margens da BR-262, em Urucum.

No entanto, conforme avaliações feitas, quem mais sofreria em caso de rompimento de barragens, seria o Pantanal, bioma único no mundo.
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ANM terá grupos para monitorar barragens



A Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia criou dois grupos de trabalho nesta quarta-feira, 28, um na área mineral e outro na área de barragens, conforme portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

O primeiro grupo será formado por integrantes da Secretaria e da Agência Nacional de Mineração (ANM) e terá como finalidade avaliar os mecanismos, ferramentas e procedimentos dos processos de autorização de pesquisa e de concessão de lavra minerária, da competência da ANM, “devendo propor alternativas para agilizar sua tramitação e decisões”.

O prazo para conclusão dos trabalhos do grupo é de 30 dias, a partir da primeira reunião de trabalho, que deverá ser realizada em até 5 dias da publicação da portaria, diz o texto.

O outro grupo instituído será o Comitê Técnico de Segurança de Barragens de Rejeitos de Mineração (CTBMin), de caráter permanente, com a finalidade de supervisionar as ações relativas à estabilidade e segurança de barragens de rejeitos de mineração.

Além da Secretaria e da ANM, farão parte também do comitê representantes da Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais (CPRM). Ainda vão participar como convidados o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTIC), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Confea/CREAs, a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Dentre as atribuições, o comitê irá acompanhar o Programa de Vistorias de Barragens de Mineração da ANM e propor sugestões ao seu cumprimento
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Duas equipes encostam no líder Coimbra no Torneio de Futsal


Aconteceu mais uma rodada do IV Torneio de Futsal Stiquifar que deixou duas equipes encostadas no líder da competição: Coimbra, que somou 23 pontos ganhos. A equipe do CRB venceu a UByfol pelo placar magro de 1 a 0, no último sábado (24) e em seguida o Atlético Boa Vista foi derrotado pelos Entre Amigos pelo placar de 6 a 4.

A equipe dos Amigos do Geovane golearam o Realce Planejado, no último domingo (25), pelo placar de 9 a 4. Com esse resultado subiram para a segunda colocação da tabela da competição, com 22 pontos ganhos. Principalmente, porque o Chivas perdeu para o All Blacks por 6 a 4. Essa equipe ocupa a terceira posição, devido o saldo de gols.

As equipes de All Blacks e CRB E.C estão com 13 pontos ganhos, ocupando a quinta e sexta colocação, respectivamente. Realce está na sétima posição e Atlético Boa Vista na oitava, ambos com 12 pontos. Estão numa situação complicada no torneio, Dallas que está com cinco pontos ganhos e Ubyfol e Yara que somaram apenas 3.






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Relatório da Previdência deve propor pensão de um salário mínimo a quem tem renda inferior ao piso



O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve propor o pagamento de ao menos um salário mínimo ao pensionista que tiver renda formal abaixo do piso nacional, hoje em R$ 998, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A ideia é que essa mudança conste na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela para evitar atrasos no cronograma do texto atual da reforma. 

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a mudança deve reduzir o impacto da proposta em R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões, do total previsto de R$ 933,5 bilhões em dez anos . O parecer deve ser entregue nesta terça-feira, 27, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Jereissati chegou a sofrer pressão para prever a vinculação de todas as pensões ao salário mínimo, mas essa opção provocaria uma redução ainda maior na economia esperada com a proposta. A perda seria de R$ 33 bilhões a R$ 40 bilhões, de acordo com cálculos do governo e do Congresso.

A alternativa adotada pelo relator replica a norma editada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, durante as negociações para a votação da reforma em segundo turno na Câmara dos Deputados. A ideia de Jereissati é colocar na Constituição o que hoje está com força de portaria.

O objetivo é garantir a pensionistas que dependem dessa renda o recebimento de ao menos um salário mínimo, em vez de simplesmente vincular todas as pensões ao piso. Na reforma, o cálculo da pensão começa em 60% do salário de contribuição para o primeiro dependente, com mais 10% a cada dependente adicional, até o limite de 100%.

Caso alterasse o texto atual, a reforma teria de passar novamente pela Câmara dos Deputados, atrasando a promulgação das mudanças. Por isso, a estratégia é inserir a alteração no texto paralelo. Até lá, fica valendo a portaria do governo.
Estados e municípios

A proposta do relator também vai prever duas formas de adesão de Estados e municípios à proposta que muda as regras de aposentadoria e pensão no País. A mudança também deve integrar a PEC paralela.

Na primeira opção, caso os Estados façam adesão à reforma, seus municípios seriam incluídos automaticamente, mas teriam opção por até 12 meses de desembarcar da proposta.

Na segunda alternativa, em caso de Estados que rejeitem a entrada na reforma, os municípios poderiam aderir de forma autonomia. Todas as opções dependeriam de aprovação de uma lei ordinária nos legislativos locais - Assembleia ou Câmara.
BPC

A mudança nas pensões não será a única a desidratar a economia esperada com a reforma. Como mostrou na segunda-feira, 26, o Estadão/Broadcast, o relator deve suprimir o trecho da PEC que colocaria na Constituição o critério de renda para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O artigo renderia aos cofres do governo uma economia de R$ 23,4 bilhões em dez anos. 

A ideia era prever a concessão do benefício a quem tem renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo (equivalente hoje a R$ 249,50). A constitucionalização do critério de elegibilidade era uma medida para sanar o alto índice de judicialização que marca a concessão do BPC. 

Esse critério era previsto apenas em lei ordinária e foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2013. A partir daí, famílias com renda per capita maior, de até ½ salário mínimo (hoje R$ 499,00), passaram a fazer jus ao benefício.

A intenção da equipe econômica ao articular esse artigo na proposta de reforma da Previdência era reduzir a judicialização ao inserir o critério de elegibilidade na Constituição. Ao mesmo tempo, isso teria poder para restringir o grupo de quem tem direito à assistência.

Integrantes da equipe econômica do governo entraram em campo e se reuniram com Jereissati para tentar convencê-lo a não ceder à pressão pela retirada do artigo, mas não obtiveram sucesso.
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Bunge leiloa veículos, máquinas e equipamentos



Mais uma gigante do agronegócio coloca suas peças à venda em leilões: até o dia 28 de agosto, a MaisAtivo Intermediações leiloa, por meio do Superbid Marketplace, 84 itens da multinacional Bunge, líder do setor de alimentos e bioenergia no Brasil. Com lances iniciais a partir de R$ 400, os lotes incluem veículos, como carros e caminhões, além de máquinas pesadas e agrícolas. 

Na categoria de carros, entre os destaques estão um Volkswagen Gol 1.6, 2015/2016, com lance inicial de R$ 11.250, e um Fiat Strada Working 1.4 2015/2016, com preço a partir de R$ 13 mil.

Já entre os caminhões em leilão há um tanque Ford 2628E 2011 com lance inicial de R$ 44 mil; um caminhão do tipo cavalo mecânico Scania G 420 A6X4, de 2011, que sai a partir de R$ 43 mil, e um transbordo Volkswagen 26.260 CNM 6X4, de 2010, com lance inicial de R$ 27.500.

Também é possível arrematar um caminhão reboque transbordo Sergomel RSCPI 4E, de 2013, que tem lance inicial de R$ 11.000 e um caminhão reboque tanque Randon, de 2006, pelo primeiro valor de R$ 13.500.

Na categoria de máquinas agrícolas, as principais oportunidades são dois tratores da Valtra: um BH180 4X4, 2010, sai a partir de R$ 23.500 e um BH185 4X4, de 2008, tem lance inicial de R$ 34.000.

Os bens encontram-se nos municípios de Santa Juliana, Itagagipe e Frutal, em Minas Gerais; Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Ouroeste, Pontes Gestal e Oriundiúva, em São Paulo; e Pedro Afonso, no Tocantins. O acesso a todas as informações do leilão pode ser realizado pelo site https://www.superbid.net/.
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Ubyfol lança novas embalagens de fertilizantes líquidos


Nos últimos anos a Ubyfol apresentou um amplo crescimento no mercado de nutrição vegetal. E para acompanhar essa expansão, a empresa adotou estratégias que transformarão toda sua comunicação. Como não podia ser diferente, a primeira mudança teria de começar nas embalagens dos produtos. Para isso, a empresa ouviu as demandas e necessidades dos clientes, agricultores de todo o Brasil, e desenvolveu um novo projeto que inclui a renovação das marcas de cada produto.
Segundo Marina Bragine Ferreira, analista de comunicação da empresa, esse projeto teve início a partir do segundo semestre de 2018 quando todo o portfólio Ubyfol foi atualizado, e cada produto ganhou sua cor própria, que permitiu não só associá-lo a um conceito de atuação, mas também melhorar sua identificação no dia a dia. “Ouvimos os produtores e identificamos suas principais necessidades, e foi com essa compreensão que a Ubyfol redesenhou sua linha de embalagens”, destaca.
A modernização dos rótulos e a adoção das tampas coloridas para os 10 principais produtos, trouxe maior organização das informações, maior agilidade no manuseio no campo e uma expressiva competitividade e valor no mercado de distribuição, que está cada dia mais exigente. “A nova linha de embalagens vai facilitar principalmente a identificação dos produtos pelos responsáveis pela preparação de caldas no campo”, diz a profissional.
O início do projeto prevê mudanças nas embalagens dos produtos líquidos. A primeira aparição da novidade ocorreu durante o Congresso ANDAV, em São Paulo, onde os visitantes e distribuidores viram as embalagens em primeira mão. De acordo com a analista da empresa, além das embalagens, o projeto contempla também a renovação da linha complementar que inclui baldes, caixas, fardos e etiquetas especiais. “A segunda etapa acontecerá no primeiro semestre de 2020, onde todas as embalagens dos produtos pó solúveis serão modificadas”, diz Marina.
Qualidade nas embalagens garantida
Os aspectos técnicos das embalagens, como tamanho e formato, permanecerão os mesmos, já que anteriormente foi feita a adequação dos modelos às necessidades do campo. Atualmente a Ubyfol trabalha com derivações de 1, 5 e 20 litros, sendo que 100% dos galões de 20 litros são produzidos na própria unidade industrial, e apenas as demais derivações adquiridas por fornecedores. “Temos uma capacidade de produção diária de 1.200 galões de polietileno de alta densidade, e o processo conta com média de 65% de matéria prima virgem e 35% reaproveitada, proveniente de rebarbas dos galões produzidos”, diz Marina.
O próximo passo é redesenhar também as embalagens estrangeiras, a começar pelo conteúdo em espanhol que é distribuído no Paraguai. O lançamento terá grande influência também no plano de mídia anual da Ubyfol e nas estratégias dos eventos nacionais, onde será contemplada a aparição das embalagens em todos os projetos.

fonte: Revista Cultiva
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