A situação está crítica para a categoria dos Químicos no Rio de Janeiro. Por causa da grave crise econômica muitas empresas do setor estão demitindo em massa. Segundo o presidente da Ferquimfar (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do RJ), Issac Wallace de Oliveira, as indústrias que forneciam material plástico para as plataformas da Petrobras por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato passaram a enfrentar problemas e passaram a mandar embora grande número de funcionários. “Só posso lhe dizer que por cima aproximadamente 1.500 pessoas já perderam o emprego”, disse.
A mesma opinião é endossada pelo presidente do Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu, Sandoval Marques, também com número excessivo de demitidos no setor plástico. “Só para se ter uma ideia da gravidade dessa crise, em 2014 tivemos 1.380 trabalhadores que perderam seus empregos. Neste primeiro semestre de 2015 esse número fechou com 1.980 cortes. No mês de julho tivemos 250 demitidos”, explicou.
Sandoval enfatizam que várias empresas têm procurado os sindicatos filiados à Ferquimfar para aderirem ao PPE (Plano de Proteção ao Emprego), mas por causa de pequenas irregularidades fiscais acabam barradas pelo governo. “Ao ficarem de fora, elas adotam como último recurso enxugar o quadro de empregados, demitindo em massa”, frisou Wallace. Amanhã (13), Sandoval vai realizar assembleia numa empresa, que deu folga de cinco dias aos funcionários por falta de dinheiro para compra de matéria-prima. “O empregador precisa cumprir todas as exigências do governo para usar o PPE, do contrário é barrado”, disse Sandoval.
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