Dirigentes da Força Sindical debateram hoje (1º) o Programa de Proteção ao Emprego, uma alternativa ao lay-off que as Centrais Sindicais estão negociando com o governo. “Queremos ter uma alternativa ao lay-off, uma medida prejudicial já que usa o seguro-desemprego para pagar os trabalhadores que estão enquadrados no sistema e que, quando termina o período de lay-off, ficam sem o seguro-desemprego caso sejam demitidos ”, disse Miguel Torres, presidente da Central.
Pela última proposta debatida com o governo, o programa poderá ter vigência de até seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis mediante novo acordo. A jornada de trabalho e os salários poderão ser reduzidos, no máximo, em 30%. O valor a ser pago pelo empregador, após a redução salarial, não poderá ser inferior ao salário mínimo. Haverá uma complementação de 50% do valor que foi reduzido, limitado ao teto da parcela do seguro-desemprego.
O presidente da Força Sindical deixou claro que nenhum ponto da proposta do governo foi aceito pelas Centrais, que estão debatendo o programa com suas bases. “Queremos tirar as dúvidas porque todos vão precisar. Todas as categorias estão enfrentando problemas porque a crise se aprofundou muito. Mas a última palavra será sempre do Sindicato”, afirma Miguel.
Na reunião, o presidente da Força Sindical-MG, Vandeir Messias Alves, propôs algumas mudanças nas propostas do governo, como por exemplo no valor a ser pago pelo empregador, que após a redução salarial não poderá ser inferior aos pisos das categorias, e não ao salário mínimo, como quer o governo. E que esta redução não seja aplicada sobre férias, 13º etc, além de a diminuição nos salários ter de ser aplicada de cima para baixo.
0 comentários:
Postar um comentário