A indústria química brasileira
deve bater mais um recorde neste ano. Depois de ter encerrado 2012 com um
deficit comercial de US$ 28,1 bilhões -o maior já registrado-, o setor prevê um
acréscimo de 7% no número."O deficit de 2013 ficará em US$ 30 bilhões se o
PIB do país crescer 3%", afirma opresidente-executivo da Abiquim
(Associação Brasileira da Indústria Química), Fernando Figueiredo.
Os dados deste início de ano
não foram animadores. Houve queda de 2,03% na produção em janeiro ante o mesmo
mês do ano anterior.
A baixa foi puxada pelos
segmentos de petroquímicos básicos (-8%) e de intermediários para fertilizantes
(-4%).
Os números consolidados de
2012, que serão apresentados hoje, mostram que o índice de produção está no
mesmo patamar de 2007."Nesse tempo, o consumo aparente cresceu 7,1% ao
ano, enquanto a produção permaneceu igual. O consumo está todo sendo atendido
pela importação. Tivemos cinco anos perdidos", afirma Figueiredo.
De acordo com o presidente
da entidade, o resultado negativo é decorrente da falta de aportes no setor."O
custo de investimento no país é caro. Desde maio do ano passado, estamos conversando
com o governo para que haja uma desoneração da matéria-prima para tornar o
setor competitivo, mas nada tem acontecido."
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