Como diz o ditado popular: “o que é ruim, às vezes pode ficar pior”. Isto aconteceu na última reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, na quinta-feira (29), quando o governo decidiu reajustar as taxas para as linhas de empréstimo pessoal e de cartão crédito com desconto em folha para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Segundo o secretário-geral do Sindiquímicos Guarulhos e secretário de Asssuntos Previdenciários da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), Antonio Cortez Morais, o fiel da balança foi a Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos).
“A bancada dos trabalhadores, composta pelas centrais sindicais e sindicato dos aposentados da Força Sindical e CUT, votou contra a proposta apresentada pela Associação Brasileira de Bancos. Infelizmente a Cobap uniu forças com os banqueiros e ajudou a tirar mais dinheiro do bolso do aposentado e pensionista”, criticou.
Cortez explica que inicialmente a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) apresentou proposta de subir as taxas de juros do empréstimo consignado de 2,14% para 2,48% ao mês e no cartão consignado de 3,06% para 3,49%. Os banqueiros argumentaram que o reajuste era para evitar a redução da oferta de crédito consignado INSS e impedir a migração da oferta de crédito aos aposentados para outras linhas com taxas onerosas.
Na avaliação de Cortez, a Cobap poderia ter ficado ao lado dos trabalhadores e impedido que mais dinheiro entrasse nos cofres dos banqueiros. “Quando o governo e os banqueiros perceberam que a proposta inicial de subir para 2,48% os juros para o empréstimo consignado e 3,49% no cartão consignado, poderia cair, colocaram a Cobap na roda e ela acabou fazendo o jogo que eles desejavam. O aumento se manteve, saindo de 2,14% para 2,34% (empréstimo consignado) e de 3,06% para 3,36% (cartão de crédito)”, descreveu.
O presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalles, argumentou dizendo que a entidade esteve sempre ao lado dos aposentados e pensionistas. “Somos contra algo que prejudique os aposentados. Infelizmente nos foi apresentada inicialmente uma proposta de reajuste para 2,63% no empréstimo consignado (no documento da Federação Brasileira de Bancos e Associação Brasileira de Bancos o percentual inicial correto é de 2,48%). Seriamos derrotados, ai concordamos em fechar questão no percentual de 2,34% (crédito consignado) e 3,36% (cartão de crédito)”, disse.
Fonte: CNTQ
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