Dois mil terceirizados serão dispensados da Vale no Espirito Santo, diz sindicato


A Vale não informou quantos serão cortados, mas confirmou que está encerrando contratos com empresas por diversos motivos

Fonte: Gazeta Online


Cerca de dois mil trabalhadores terceirizados serão dispensados da Vale nos próximos meses, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal-ES).

O indicativo foi dado em reuniões entre representantes da mineradora com o sindicato e as prestadoras de serviço. A Vale, por meio de nota, não informou quantos mas confirmou que está encerrando contratos com empresas por diversos motivos.


Só este ano, as demissões de terceirizados do setor metalúrgico no Estado já chegam ao patamar de 2 mil. Segundo o presidente do Sindimetal-ES, Roberto Pereira, isso se deve ao encerramento de contratos na Vale.

“No setor metal-mecânico já temos em torno de duas mil demissões, e nos próximos meses o número deve ser o mesmo, de acordo com o que a Vale nos apresentou nas últimas reuniões com as empresas que prestam serviços”, explicou.


Para o sindicato, a baixa no preço internacional do minério de ferro aliado à crise econômica do Brasil têm intensificado o corte na prestação de serviços dentro da empresa. Para Roberto Pereira, a situação também evidencia a fragilidade trabalhista dos terceirizados.


“Algumas empresas que estavam com contratos em andamento já tiveram 100% dos trabalhadores retirados. É uma situação muito complicada. Está se repetindo o que aconteceu em 2009. A Vale quer se manter como empresa que não demite seus funcionários, mas os terceirizados sofrem uma limpeza. É um recado a quem apoia a PL 4330”, disse em referência ao projeto de lei que facilita as condições para contratação de terceirizados.


A Vale informou que, para se adaptar ao atual cenário da mineração, tem sido rigorosa na alocação de recursos. No Complexo de Tubarão, em Vitória, segundo a Vale, a desmobilização de algumas empresas prestadoras de serviço se deve à finalização ou à redução natural do ritmo de obras e também à internalização de algumas atividades, que antes eram terceirizadas e passam a ser executadas por empregados próprios.


Share this post!

Bookmark and Share

0 comentários:

Postar um comentário