Uso de fertilizante aumenta 36% nos últimos dez anos






Fonte: Valor

O consumo de insumos agropecuários vem crescendo ano a ano, respondendo a vários fatores: aumento da área plantada em algumas culturas, uso maior de tecnologia por parte do produtor que visa ganho de produtividade, variação cambial e maior incidência de pragas ou doenças.


As entregas de fertilizantes aos produtores brasileiros em 2013, por exemplo, chegaram a 31,802 milhões de toneladas, 5,2% superiores às de 2012. Nos últimos dez anos, até 2013, o crescimento foi de 36%. A produção nacional, contudo, caiu de 9,722 milhões de toneladas para 9,305 milhões no mesmo período, sendo compensada pelas importações, que atingiram 21,618 milhões de toneladas em 2013, 10,6% a mais que em 2012. Em valores, as importações atingiram US$ 8,885 bilhões no ano passado, sendo 3,51% superiores às de 2012, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.


Conforme os dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as vendas de fertilizantes em 2013 aumentaram 3,07%, atingindo R$ 34,2 bilhões ante R$ 33,2 bilhões no ano anterior. E a comercialização de defensivos cresceu 36% de janeiro a setembro de 2013 em relação ao mesmo período de 2012.


Segundo o diretor executivo da Anda, David Roquetti Filho, as maiores vendas de fertilizantes e defensivos ocorreram em resposta ao aumento da área de produção agrícola, mas principalmente pelo maior aporte em tecnologia.


Roquetti Filho concluiu recentemente um estudo, apresentado em abril pela Embrapa na Universidade de Harvard, Estados Unidos, e inédito no Brasil, em que foram analisadas cinco culturas (arroz, feijão, trigo, milho e soja) em todos os municípios brasileiros para estimar o potencial da produção, via fertilização, e seus impactos nas emissões de gases
de efeito estufa.


O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) previu um aumento em torno de 15% no faturamento de 2013 sobre 2012, chegando a US$ 11 bilhões. Segundo Ivan Sampaio, gerente de informação, o melhor preço das commodities, notadamente a soja, estimulou as vendas de defensivos, principalmente inseticidas.


Na pecuária, também se observa o maior emprego de insumos. O mercado de saúde animal faturou em 2013 R$ 3,9 bilhões, 8% a mais que em 2012, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que já computou vendas de R$ 840 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma evolução próxima de 8% ante o mesmo período de 2013.

Conforme avaliação do Sindan, o aumento do faturamento está diretamente ligado ao aumento da produtividade dos rebanhos brasileiros, que teve ampliado o uso de melhores tecnologias e continuidade dos investimentos em sanidade animal.

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