Fonte: Estadão
O índice médio de produção nacional de químicos recuou 13,18% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2013, de acordo com dados preliminares da equipe de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Com esse desempenho, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a queda na produção foi de 7,41%.
Conforme a entidade, o índice de utilização da capacidade instalada ficou em 75% no mês passado, oito pontos percentuais abaixo da média registrada em abril de 2013. Nos quatro primeiros meses do ano, a taxa média de ocupação foi de 78%, com recuo de quatro pontos percentuais.
Na avaliação da diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, "ainda que esses resultados tenham sido impactados pela realização generalizada de paradas para manutenção, muitas delas também só aconteceram em razão de cenário negativo de demanda".
De janeiro a abril, o índice de vendas internas de produtos químicos de uso industrial recuou 2,34% e o consumo aparente nacional caiu 5,6%. "Está difícil vender no mercado interno e também no externo. Altamente dependente de matérias-primas e de alguns insumos energéticos, a [indústria] química encontra-se em uma situação difícil de manutenção do ritmo de atividades e, para piorar o quadro, não há perspectivas de recuperação no curto prazo", afirma em nota a diretora.
Na análise dos 12 meses até abril, a produção de químicos apresentou queda de 0,46% e as vendas internas ficaram praticamente estáveis, com recuo de 0,05%. Já o consumo aparente, no mesmo intervalo, avançou 2,8%, diante do aumento de 10,4% das importações.
"Para a Abiquim, esses resultados indicam o risco de maior importação de produtos acabados. Caso isso venha a se confirmar, o Brasil pode estar desestruturando importantes cadeias produtivas que são dependentes de produtos químicos nas suas bases de produção", diz Fátima.
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