A Petrobrás apresentou à FUP nesta sexta-feira, 17, seu mais novo programa de redução de custos, batizado de POP – Programa de Otimização da Produtividade – que incentiva a demissão voluntária de trabalhadores já aposentados pelo INSS e os que estiverem aptos a solicitar aposentadoria até o dia 31 de março. O programa será aberto entre 13 de fevereiro e 31 de março e abrangerá 8.379 petroleiros, dos quais 6.879 já estão aposentados. É preciso ter no mínimo 55 anos para aderir ao incentivo, que será de 10 remunerações, acrescido de 40% do FGTS, com piso e teto estabelecidos pela empresa.
Assim como outros programas implementados recentemente pela Petrobrás (PROCOP, PROEF, Mobiliza), o POP está sendo imposto de forma autoritária, sem qualquer negociação prévia com a FUP e seus sindicatos. Apesar da situação dos petroleiros aposentados que continuam na ativa ser constantemente pautado pela Federação nos fóruns de negociação com a empresa – foi, inclusive, objeto da pauta de reivindicações dos trabalhadores durante a negociação do ACT, os gestores sempre se negaram a discutir este tema com as representações sindicais. Agora, em um momento crítico de acidentes recorrentes, em função de efetivos já reduzidos, a Petrobrás lança um programa de incentivo à demissão, autoritário e discriminatório.
O POP será melhor detalhado pela empresa até o dia 11 de fevereiro, mas o que já foi divulgado aponta que os trabalhadores serão tratados de forma discriminatória. O programa será controlado integralmente pelas gerências que, de acordo com seus critérios, classificarão a situação de cada petroleiro apto a aderir ao POP. Entre as discriminações, estão valores diferenciados, de acordo com o cargo e área em que o trabalhador atue, e a reposição de vagas será garantida somente nas unidades operacionais, mesmo assim se os postos de trabalho forem considerados como atividades-fim.
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