A Força Sindical decidiu ontem, em reunião de sua Executiva
Nacional, endurecer o
discurso contra o governo federal. O movimento é liderado
pelo presidente da central e
deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho
da Força."Tivemos uma lua de
mel longa, que nós vamos romper agora", disse o
sindicalista.
Nos bastidores, ele articula para deixar a base de apoio à
presidente Dilma Rousseff e
criar um novo partido, o Solidariedade. Paulinho já teria
cerca de 150 mil assinaturas das
500 mil exigidas para o registro na Justiça Eleitoral.
Os sindicalistas reclamam do tratamento dado pela equipe de
Dilma, que não estaria
atendendo às reivindicações do movimento, como o fim do
fator previdenciário e a
isenção do Imposto de Renda na Participação nos Lucros e
Resultados (PLR).
A política de enfrentamento ao governo será marcada por uma
série de manifestações a
partir do próximo ano, a começar por uma grande marcha das
centrais a Brasília,
prevista para fevereiro.
Paulinho ameaçou ainda uma onda de greves dos trabalhadores
do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), vitrine da campanha de
Dilma à Presidência. "Ou
eles resolvem essa questão do tratamento com os
trabalhadores ou, no ano que vem, vai
ter um festival de greve nessas obras do PAC", disse.
Entre as reclamações com relação às obras de infraestrutura
estão a diferença salarial
entre trabalhadores de mesmo cargo contratados por empresas
diferentes e a repressão às
greves.
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