O faturamento líquido da indústria
química brasileira deve encerrar o ano em R$ 293 bilhões, número que representará, se
concretizado, expansão de 12,4% em relação a 2011. Em dólares, porém,
o número estimado apresenta queda de 2,7%, para US$ 153 bilhões, de acordo com
projeções apresentadas nesta segunda-feira pela Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim).
Desse total, 46% da receita vem do
segmento de produtos químicos de uso industrial. O
faturamento dessa área deve chegar
a R$ 137,4 bilhões, uma expansão de 11,3% em relação
a 2011. Em dólares, o resultado
deve cair 3,5%, para US$ 71,2 bilhões, segundo estimativas
da Abiquim. A produção de químicos
de uso industrial cresceu 3,5% em 2012 e as vendas
internas tiveram uma expansão de
4,2%.
Apesar da alta esperada no
faturamento em 2012, os dados do setor também apresentam
sinalizações negativas. O déficit
comercial da indústria química deve atingir o resultado
recorde de US$ 28,1 bilhões, uma
expansão de 6% em relação ao ano passado. As importações devem chegar perto
de US$ 43,1 bilhões, alta de 1,9% em relação ao ano
passado, enquanto as exportações
devem cair 4,4% no período e atingir US$ 15,1 bilhões.
A despeito do saldo negativo na
balança comercial, o setor continua investindo. A Abiquim
prevê que apenas a área de químicos
de uso industrial receberá investimentos de US$ 19,1
bilhões entre 2011 e 2016.
O resultado da área de químicos de
uso industrial foi um dos piores da indústria química
em 2012. A maior expansão de
faturamento prevista para este ano está na área de
defensivos agrícolas, cujo
faturamento deve crescer 19% em relação a 2011 e atingir R$ 17,1
bilhões. Em dólares, o número vai
crescer 11%, para US$ 9,4 bilhões.
crescimento estimado de 15,9%, para
R$ 29,3 bilhões, e de fertilizantes, com expansão de
15,4%, para R$ 33 bilhões. O
resultado mais discreto será da área de produtos de limpeza e
afins, um mercado considerado mais
maduro e menos volátil, com expansão de 4,2%, para
R$ 15 bilhões.
0 comentários:
Postar um comentário