O Brasil afastou, no último
ano, a realização de 140 pesquisas clínicas realizadas por grandes
multinacionais farmacêuticas, que escolheram outros destinos para fazer seus testes
em humanos.
O levantamento é da
Interfarma, que representa o setor. Entre outubro de 2011 e de 2012, 14 companhias
decidiram deixar de incluir o país em seus estudos.
Foram os longos prazos do
governo brasileiro para autorizar os testes que levaram as empresas a desistir
de investir no país, segundo o presidente-executivo da Interfarma, Antônio
Britto. "O Brasil tem ambiente favorável para esse tipo de pesquisa,
devido à grande
diversidade étnica, mas
acaba sendo preterido", afirma.
O processo no país é
atualmente um dos mais demorados do mundo, segundo Charles Schmidt, fundador da
Abracro (associação de organizações representativa de pesquisas clínicas)."Nosso
sistema regulatório chega a ter viés ideológico. Estudos que recebem capitalestrangeiro
são submetidos a critérios mais rigorosos."
O Ministério da Saúde e o
CNS (Conselho Nacional de Saúde) informam que ontem foi aprovada uma proposta
para modificar o sistema que trata do assunto."O objetivo é simplificar os
trâmites para aprovação mais rápida de protocolos de pesquisa submetidos ao
sistema, sem comprometimento da qualidade da análise ética."
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