Salário do industriário perde poder aquisitivo

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos DIEESE) apontam que apenas 61% das negociações salariais do setor industrial, realizadas no primeiro semestre de 2015, resultaram em reajuste acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mesmo período de 2014, os trabalhadores da indústria tiveram sucesso na reposição da inflação em 93% das negociações.


A atividade industrial lidera a queda na renda média real do trabalhador, de acordo com dados do IBGE. Em novembro do ano passado, o rendimento médio do empregado da indústria despencou 12,5% em relação ao mesmo mês de 2014, mostrou a Pesquisa Mensal de Emprego.


TERMÔMETRO – Conforme José Silvestre, coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, a indústria é o setor mais estruturado, com maior índice de formalização. Quando vai bem, a indústria puxa o dinamismo do mercado de trabalho, dos outros setores e até dos reajustes salariais. “Como vai mal, afeta o comportamento das negociações entre trabalhadores e empregadores e dos reajustes salariais em geral”, disse.


Para Silvestre, o resultado negativo deverá ser acentuado no segundo semestre. Em outubro de 2015, o total de trabalhadores ocupados na indústria recuou 7,2%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, no 49º resultado negativo consecutivo e o mais intenso da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), iniciada em dezembro de 2000. A Pesquisa Mensal de Emprego de novembro, que apura informações das seis principais regiões metropolitanas do País, contabiliza que a indústria cortou 315 mil postos de trabalho no período de um ano.


Fonte: Força Minas

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