Crise financeira força reajuste menor de salários neste ano

O ano começou com muitas incertezas no cenário econômico nacional. Diante da crise que atinge o país, a projeção é que os salários não sofram grande variação em 2016, segundo o Guia Salarial divulgado pela Consultoria de Recrutamento Robert Half. 
“Existe uma tendência de queda nos reajustes salariais com relação ao ganho real. Há uma tendência de algumas empresas fazerem a reposição da inflação e outras de nem fazerem esse reajuste”, explica Sérgio Campos, consultor organizacional e diretor presidente da Rhumo Consultoria Empresarial.
 Equilíbrio
Segundo Campos, neste momento, as empresas devem privilegiar o equilíbrio orçamentário trabalhando com planejamento estratégico para 2016 e 2017 para se destacar no mercado e garantir longevidade. “Tivemos uma escalada salarial muito alta quando passamos pelo período de estabilidade financeira. Agora, estamos com oferta grande de mão de obra e essa oferta fez com que as empresas, que já estão com custo muito alto, se atentassem para o fato de que precisam equilibrar as contas e de que podem contratar outras pessoas por valores mais baixos”, diz.
Ele acrescenta, ainda, que o mais importante, neste momento, é tentar manter os empregos e melhorar a produtividade. “É melhor pingar do que faltar. Esperamos que seja apenas um momento e que o fantasma da crise e da inflação passem logo”, diz. 
 
Profissional ideal
 
Segundo o estudo, que apresentou as tendências e os desafios para o recrutamento e a gestão de pessoas, algumas novas vagas no mercado estão surgindo, porém para um perfil específico: agressivo para superar obstáculos e, ao mesmo tempo, cauteloso para evitar riscos. Há destaque para os aspectos comportamentais. “As empresas querem pessoas colaborativas, que saibam agregar à equipe, que sejam bem-humoradas e que joguem em mais de uma posição. A palavra de ordem é flexibilidade. Especializações e inglês fluente – no caso de multinacionais – também são muito importantes, mas bom relacionamento com os colegas de trabalho da empresa é fundamental”, enumera Campos.
 
Acordo
 Esses profissionais que a empresa acredita que realmente poderão fazer diferença e entregar os resultados projetados podem até negociar salários. O Guia Salarial 2016 revelou que 72% dos gestores de Recursos Humanos estariam dispostos a negociar com candidatos acima da média. “As empresas estarão cautelosas com o cenário econômico, mas os profissionais de qualquer área que se mantiverem atualizados serão procurados e desejados”, frisa Campos. O especialista diz, ainda, que “as organizações precisam sair de uma estratégia única de remuneração para outras diferentes, pois, dessa forma, é possível remunerar bem os colaboradores sem diminuir a sustentabilidade do negócio”.
 
Temporários
De acordo com o Guia Salarial 2016, divulgado pela Consultoria de Recrutamento Robert Half, os profissionais temporários também podem ser estratégicos dentro das empresas. A contratação deste tipo de mão de obra pode garantir à companhia mais flexibilidade e agilidade para acompanhar os movimentos do mercado e manter-se competitiva. 
 
Outra vantagem apontada pelo levantamento é o tempo de recrutamento destes colaboradores, que seria de apenas uma semana, diferentemente do processo seletivo tradicional, que é mais longo. Esses profissionais, segundo o Guia, são indicados para diversas funções, como preparar a abertura de capital, otimizar os processos de fusões e aquisições, realizar reestruturações e adequações etc.
 
“Os profissionais temporários já chegam com a meta estabelecida sabendo onde atuar, quais caminhos devem seguir, que tipo de dificuldades vão encontrar e quais as possibilidades da empresa. Eles resolvem os problemas, repassam conhecimento e vão embora ao final”, explica Sérgio Campos, consultor organizacional e diretor presidente da Rhumo Consultoria Empresarial.

Fonte: O Tempo

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