Os brasileiros ainda sentem no bolso a alta dos preços, seja na hora de pagar as compras no supermercado, nas refeições fora de casa ou quando paga a conta de energia elétrica. No entanto, a inflação oficial começa a dar um alívio para as famílias.
Na última divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), teve um leve recuo em agosto no acumulado dos últimos 12 meses e ficou em 9,53%. Na apuração anterior, de julho, a alta acumulada estava em 9,56%.
De acordo com o diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer, Alexandre Wolwacz, essa desaceleração na alta dos preços só deve ser mais percebida a partir da segunda semana de março de 2016.
— Isso porque a economia ainda tem uma inércia de, pelo menos, seis meses. Podemos imaginar a economia como um transatlântico. Demora um tempo para que as mudanças tenham efeito nas mudanças de curso.
Com isso, o Natal deste ano ainda deve ser mais caro do que o do ano passado. Para Wolwacz, os preços não devem recuar muito nesse período, até pelo aumento de impostos que aconteceram neste ano e que ainda podem ocorrer.
— Esses custos, como aumento de conta de luz, da Cide [imposto sobre a gasolina], são embutidos no preço final e pressiona o valor dos produtos. Além disso, o próprio consumo normal do período faz com que os preços fiquem mais altos.
O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, explica que, mesmo com a economia em crise, grande parte dos consumidores — 71,9% em uma pesquisa feita pela instituição — pretendem comprar roupas e calçados nos próximos seis meses. Segundo ele, isso pode estar relacionado com as festas de final de ano e com o pagamento do 13º salário.
— O consumidor considera que vai ter um dinheiro extra e que pode usá-lo para comprar presentes e produtos supérfluos. No entanto, esse dinheiro deveria ser utilizado para pagamentos de dívidas, reservas financeiras ou investimentos.
Fonte: R7
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