Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, divulgado na semana passada, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
No boletim Focus de hoje, a projeção para a produção industrial também mostrou piora significativa: saiu de uma baixa de 6,45% para um recuo de 6,65%. Já para 2016, a mediana das estimativas foi reduzida de uma alta de 0,20% para uma queda de 0,60%.
Inflação. A mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano que vem, onde está o foco de atuação do Banco Central, apresentou a oitava elevação consecutiva – e das fortes. A taxa subiu de 5,70% para 5,87%. No Top 5 de médio prazo, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a previsão também disparou, saindo de 5,98% para 6,46%.
O BC promete levar a inflação para a meta de 4,5% no fim do ano que vem, mas a autarquia vem chamando a atenção para “novos riscos” que surgiram para o comportamento dos preços. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação de setembro o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado.No caso da inflação de 2015, a mediana da Focus passou de 9,34% para 9,46%. No Relatório de Inflação de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% tanto no cenário de referência quanto quando usou os parâmetros de mercado.
Juro. O mercado financeiro voltou a alterar seu cenário para o comportamento da Selic no ano que vem no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para 2016 subiu de 12,25% ao ano para 12,50% aa. Para este ano na pesquisa geral, as expectativas ficaram congeladas em 14,25% ao ano pela nona semana seguida.
Dólar. Com alta próxima de 50% apenas neste ano, as projeções para o dólar sobem a passos largos e, para 2015, ainda continuam abaixo da cotação atual para o câmbio à vista. Para este ano, a mediana das estimativas avançou de R$ 3,86 para R$ 3,95. Para o próximo ano, a mediana para o câmbio ao final do período ficou estabilizada em R$ 4,00.
Fonte: Estadão
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