O dólar comercial disparou nesta quinta-feira, 24, e atingiu a nova marca histórica de R$ 4,248 nas negociações durante o dia, um avanço de 2,73% ainda nas primeiras horas da sessão. A moeda abriu os negócios cotada a R$ 4,219 (alta de 2,03%). Às 10h40, o dólar subia 2,35%, a R$ 4,232. Na véspera,fechou cotado a R$ 4,135.
O dólar não para de bater recordes de alta desde a terça-feira, 22, quando ultrapassou a marca dos R$ 4, atingindo as maiores cotações desde a criação do real, em 1994. A moeda já sobe pela sexta sessão consecutiva.
No radar dos investidores está a crise política no País, que impede o governo de realizar o ajuste fiscal, e temores de um novo rebaixamento pela agência de classificação de risco Fitch, que se reuniu essa semana em Brasília com a equipe econômica para avaliar a situação do País.
O nervosismo foi acentuado pela deterioração das projeções para a economia trazidas pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central, que prevê queda de 2,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015.
Outra notícia ruim é a de que a taxa de desemprego em agosto subiu para 7,6% nas seis principais regiões metropolitanas do País, a maior desde setembro de 2009 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Bolsa. Na mesma faixa horária, a Bovespa recuava 2,29%, aos 44.302 pontos, pressionada pelo mau humor que contamina as bolsas estrangeiras. Na véspera, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, fechou em queda de 2%, puxado por ações de siderúrgicas.
No cenário externo, investidores mantêm a cautela nos negócios antes do discurso de Janet Yellen, a presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), que está marcado para a tarde de hoje.
Na reunião deste mês, o Fed decidiu manter a taxa de juros nos Estados Unidos – entre zero e 0,25% desde 2008 – em meio a preocupações com o crescimento global, em especial a desaceleração da economia chinesa. A alta dos juros no país – que pode acontecer na reunião de oututro, segundo Yellen – afeta o mercado financeiro local, uma vez que eleva a rentabilidade de títulos americanos, considerados investimentos mais seguros.
Fonte: Estadão
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