Fonte: Diário do Comércio
A Vale registrou recorde produtivo no primeiro semestre. No País, a produção de minério de ferro da mineradora chegou a 159,8 milhões de toneladas, alta de 6,2% em relação ao ano passado. Se avaliado somente o insumo produzido em Minas Gerais, a alta foi ainda maior: 13,8% em comparação ao mesmo intervalo de 2014. Entre janeiro e junho, foram extraídas 98,066 milhões de toneladas de minério no Estado, contra 86,161 milhões de toneladas no primeiro semestre do exercício anterior.
Quando analisado somente o segundo trimestre deste ano, a produção mineira cresceu 18,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Entre abril e junho foram 52,4 milhões de toneladas, ante 44,249 milhões de toneladas entre janeiro e março.
O Sistema Sudeste, que compreende os complexos Itabira, Mariana e Minas Centrais, produziu 54,922 milhões de toneladas no primeiro semestre, 5% a mais que a produção do mesmo período do ano passado (52,297 milhões de toneladas). Apenas no segundo trimestre foram 29,1 milhões de toneladas, ou seja, 3,2 milhões de toneladas a mais do que no primeiro trimestre (26,5 milhões de toneladas).
Itabira - Segundo a companhia, a produção de Itabira foi de 9,4 milhões de toneladas no segundo trimestre, 28,9% superior à do período imediatamente anterior e 11,4% acima do mesmo intervalo do ano passado. Isso se deve, segundo a Vale, à retomada da operação da mina Cauê, após parada que permitiu a conexão de estágios adicionais de beneficiamento de minério do projeto Cauê Itabiritos, cujo start-up está previsto para o final deste ano.
A produção de Minas Centrais foi de 10 milhões de toneladas no segundo trimestre, 1,1 milhão de toneladas a mais que no primeiro trimestre e 1,6 milhão de toneladas acima do segundo trimestre do ano passado, "devido ao ramp- up da quinta linha de beneficiamento de Brucutu, que sozinha produziu 1,1 milhão de toneladas no trimestre passado. Já a produção de Mariana alcançou 9,7 milhões de toneladas no segundo trimestre, ficando em linha de produção com os trimestres anteriores.
O Sistema Sul, que compreende os complexos de minas de Paraopeba, Vargem Grande e Minas Itabirito, produziu 23,3 milhões de toneladas no segundo trimestre, a melhor performance trimestral desde o segundo trimestre de 2007. No relatório, a Vale alega que a produção cresceu devido aos ramp-ups da planta de processamento de Vargem Grande Itabiritos e da planta a seco de Abóboras II.
A produção em Paraopeba, no segundo trimestre, ficou 1,9 milhão de toneladas acima do período imediatamente anterior e em linha com o mesmo intervalo do ano passado. Já a produção em Minas Itabirito alcançou 8,4 milhões de toneladas, também em linha com os dois trimestres anteriores.
Samarco - A produção atribuível à Vale na Samarco Mineração, joint venture com a australiana BHP Billiton, em Mariana, totalizou 7,244 milhões de toneladas de pellet feed (principalmente dedicada à produção de pelotas) no primeiro semestre. O volume representa aumento de 30,2% frente ao mesmo período do ano passado (5,562 milhões de toneladas).
Somente no segundo trimestre, a produção da empresa foi de 3,7 milhões de toneladas, 2,4% maior do que nos três meses imediatamente anteriores. Conforme a Vale, isso aconteceu em função da parada para manutenção das plantas de concentração ocorrida no último trimestre.
Exploração própria da mineradora em expansão
São Paulo - A produção própria de minério de ferro da Vale somou 85,29 milhões de toneladas no segundo trimestre deste ano, o que representou um aumento de 7,4% em relação ao observado no mesmo período do ano passado, conforme dados que constam no relatório de produção da mineradora. Na comparação com o período imediatamente anterior houve uma expansão de 14,4%
A Vale destacou no mesmo documento que a sua produção, excluindo, assim o minério adquirido de terceiros e a produção da Samarco, mineradora em que é sócia, foi recorde para um segundo trimestre e registrou a sua segunda melhor marca histórica. "A produção cresceu nos sistemas Norte, Sudeste e Sul, principalmente devido às melhores condições climáticas no segundo trimestre do ano, do ramp up da mina de N4WS e da maior utilização da Planta 2", segundo o relatório de produção.
A produção própria do primeiro semestre deste ano somou 159,813 milhões de toneladas, também recorde, alta de 6,2% em relação a igual período do ano anterior.
Considerando a produção própria e a de terceiros, o volume de minério de ferro produzido ficou em 89,311 milhões de toneladas no intervalo de abril a junho, crescimento de 7,8% na relação anual e de 15,4% na trimestral. Nessa base a produção no primeiro semestre foi de 166,728 milhões de toneladas, crescimento de 6,3% na relação anual. A produção da Samarco no período analisado, por sua vez, ficou em 3,666 milhões de toneladas, alta de 16,4% em relação ao segundo trimestre de 2014 e de 2,4% ante o primeiro trimestre deste ano.
Norte - No Sistema Norte, a companhia destaca que a produção de Carajás foi de 31,6 milhões de toneladas, a maior para um segundo trimestre, com seu crescimento sustentado pelo ramp-upda mina N4WS, por exemplo. No mesmo documento a vale cita que no segundo trimestre foram extraídas dessa mina 9,8 milhões de toneladas, com um teor de concentração de ferro de 65,1% e com baixo nível de fósforo.
Para o segundo semestre, destacou a companhia, a Vale afirmou que espera extrair minério de mais alto teor de concentração e de menor nível de contaminantes por conta da conclusão dopre-stripping (plano de preparação) da mina e a redução do processamento da primeira camada do minério (canga).
A mineradora lembrou que em maio foi concedida a licença operacional para a extensão da mina N5S, "que garantirá a melhoria na qualidade média do nosso produto e diminuirá o custo de produção devido à menor relação estéril-minério e à redução das distâncias médias de transporte em Carajás". A companhia frisou ainda que essa mina faz parte do corpo de minério N5, ou seja um ativo de classe mundial e com teor médio de ferro de 67,2%.
A Vale divulga no dia 30 próximo seu desempenho financeiro relativo ao segundo trimestre de 2015, antes da abertura do pregão. (AE)
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