Adulterar a fotocópia da carteira de trabalho que é apresentada a construtora. Esse é o esquema de algumas terceirizadas para pagar menos direitos aos trabalhadores.
Desta vez, a irregularidade foi identificada pelo Sintraconst-Rio em uma empreiteira no bairro Campo Grande, no último dia 22 de setembro.
No canteiro da obra de prédio comercial da Cymbal Engenharia – Cycohrp, na Avenida Maria Tereza, a terceirizada Thilmann Construções e Reformas mantinha cerca de 30 trabalhadores com registros falsos.
No registro da carteira de trabalho dos profissionais estava assinado, por exemplo, a contratação no dia 1º de agosto de 2014. Mas na fotocópia entregue à empresa responsável pela obra – conforme exigência legal –, a data de admissão estava 9 de junho de 2014.
Assim, a terceirizada tirava dois meses de trabalho regularizado do operário. Como consequência, não depositava FGTS e nem repassava o INSS. Na hora da rescisão e das férias, pagaria menos dois meses de férias e de décimo terceiro salário ao empregado.
“Quando chegamos à obra, alguns trabalhadores nos procuraram indignados. Nós exigimos na hora os documentos à construtora”, conta Rafael Alves, da equipe 1 do Departamento de Segurança do Trabalho do Sindicato.
Uma paralisação de advertência foi realizada no dia 22 de setembro, exigindo a retificação dos documentos. Enquanto isso, o responsável pela empreiteira disse que não tinha ciência das irregularidades.
Na última quarta-feira (1º de outubro), um representante da Thilmann participou de uma reunião de entendimento na sede do Sintraconst-Rio. As pendências quanto à contratação dos profissionais foram resolvidas. Além disso, a empresa garantiu que vai regularizar o pagamento do cartão-assiduidade.
A fiscalização da equipe 1 na obra da Cymbal Engenharia – Cycohrp foi acompanhada pela equipe 4.
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