Fonte: Jornal Extra
A síndrome de Burnout (como é chamada a estafa ou o esgotamento) afeta 30% dos profissionais brasileiros, segundo dados da International Stress Management Association (Isma-BR).
— É uma doença ocupacional. Surge com a pressão por estar sempre satisfazendo às expectativas — explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR.
Quando afetado pela doença, o paciente fica privado de energia, explica Ana Maria:
— A pessoa tem exaustão física e mental. Fica alienada, sem conseguir se motivar, com postura muito passiva ou muito agressiva. E, mesmo que tire alguns dias de férias ou folga, é tão densa e profunda a exaustão que ela não descansa. O paciente também se torna ineficiente no trabalho.
O diagnóstico é clínico, ou seja, o médico identifica a doença através da história social do paciente. Assim que apresentar os sintomas (quadro ao lado), é importante procurar um médico. Foi o que fez Belo, segundo sua assessoria, que cancelou a agenda de shows e recomeçou, na última segunda-feira, tratamento psicológico. Ele teria sido recomendado a fazer isso para não desenvolver uma síndrome do pânico.
— Quando há excesso de atividade e falta de sono, você produz adrenalina extra que começa a fazer mal. De tanto ser produzida, a adrenalina começa a circular pelo organismo e dá sintomas fora de hora como taquicardia e sensação de pânico. E o pânico nada mais é do que a ansiedade elevada ao grau extremo — explica o clínico geral José Cysne, da Clínica São Vicente.
Além do tratamento, que pode incluir terapia, antidepressivos e tranquilizantes, receitados pelo médico, dependendo do caso, as pessoas diagnosticadas com a doença também têm que mudar seus hábitos.
— É preciso saber seus limites, respeitar horas de sono, ter alimentação regrada, tirar férias, ter lazer no fim de semana, não levar trabalho para casa, relaxar e manter o equilíbrio. É o desequilíbrio que leva a isso — acrescenta Cysne.
Ana Maria Rossi completa:
— O paciente vai ter que rever seu estilo de vida. Só com o medicamento, ele vai ficar dependente — assinala Ana Maria.
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