Fonte: Jornal da Manhã
Mesmo com gasoduto emperrado, a Petrobras cumpriu cronograma anunciado durante o lançamento da pedra fundamental da fábrica de amônia e deu início este mês às obras da unidade em Uberaba. O investimento no projeto é de R$1,95 bilhão com recursos próprios da estatal petrolífera.
A obra está atualmente na fase de construção das fundações para a estrutura da fábrica. Responsável pelo projeto, o consórcio Toyo-Setal tem no momento 442 trabalhadores contratados em atividade. O número deverá chegar a 3.050 pessoas no pico da obra em 2016, conforme informações da assessoria de imprensa da Petrobras.
A estatal prevê a entrada em operação da fábrica em 2017, mas o cronograma dependerá da disponibilidade do gás para o suprimento da unidade. A princípio, a Petrobras trabalha apenas com o gasoduto Betim-Uberaba como alternativa para assegurar a matéria-prima utilizada na produção da amônia.
Em maio, um termo de compromisso com a Gasmig foi assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em Uberaba para estabelecer as condições principais de um contrato definitivo que será negociado em março de 2015. No documento, a distribuidora firmou o compromisso de entrega da prestação de serviço em data compatível com a entrada em operação da planta de amônia.
No entanto, o projeto do gasoduto mineiro avançou pouco desde então. A licitação do projeto técnico do duto está emperrada desde junho na Gasmig e até agora não foi divulgada a empresa vencedora da concorrência. De outro lado, a Cemig e a companhia espanhola Gas Natural Fenosa assinaram acordo para viabilizar os recursos para a obra.
A Cemig até já finalizou a compra da parte acionária da Petrobras na Gasmig para viabilizar a entrada da parceira estrangeira na sociedade posteriormente. Entretanto, o avanço da parceria esbarra na aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Minas.
Uma proposta foi apresentada em junho pela base governista. A matéria acabaria com a obrigatoriedade de autorização dos deputados estaduais para ser efetuada a venda de ações de todas as empresas públicas não controladas diretamente pelo Estado, como a Gasmig. O projeto, entretanto, acabou sendo retirado de tramitação devido à resistência dos deputados da oposição e de sindicalistas.
O grupo argumentava que o texto abriria margem para a privatização das subsidiárias da Cemig. Devido ao embate, o governo se comprometeu a formular um novo texto depois das eleições. A expectativa é que o assunto seja retomado a partir de agora para envio do projeto reformulado à Assembleia este ano.
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