Fonte: Globo Rural
A norueguesa Yara International ASA anunciou que assinou um acordo no valor de US$ 318 milhões para adquirir 60% de participação da Galvani, empresa brasileira de fertilizantes fosfatados, de capital fechado e controlada pelo empresário brasileiro Rodolfo Galvani Jr. Em comunicado, a Yara informa que a Galvani atua na mineração de rocha fosfática e produção de fertilizantes fosfatados (Super Fosfato Simples - SSP), atendendo principalmente os mercados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
A Galvani tem planos de expansão que incluem dois novos projetos (greenfield) de mineração de rocha fosfática no Brasil. O valor de US$ 318 milhões por 60% da participação na Galvani compreende US$ 132 milhões para os negócios existentes e US$ 186 milhões para os projetos de mineração e produção, e pode ser ajustado por alguma variação em relação ao capital de giro normalizado (US$ 42 milhões) no momento da conclusão do negócio.
Além disso, caso certas condições relacionadas a projetos de mineração da Galvani em andamento sejam atingidas, a Yara se compromete a apoiar o desenvolvimento dos mesmos, cujo investimento total é de US$ 920 milhões, com participação de US$ 552 milhões (referente aos 60% de sua participação) até 2019 - o financiamento será decidido com base na maximização de valor para a companhia.
A transação está sujeita à aprovação das autoridades brasileiras anticoncorrenciais (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras aprovações habituais. A conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre deste ano. O presidente e Chief Executive Officer (CEO) da Yara International, Joergen Ole Haslestad, disse no comunicado que a
aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo posição no Brasil e mostrando compromisso com o desenvolvimento e investimento na agricultura brasileira.
Há um ano, a Yara anunciou a aquisição do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil. A transação foi avaliada em US$ 750 milhões, compreendendo um valor de capital de giro líquido de US$ 385 milhões, além de outros ativos no valor de US$ 365 milhões. O presidente do Conselho de Administração da Galvani, Rodolfo Galvani Jr., informou que o acordo com a Yara transcende uma joint venture tradicional. Segundo ele, a empresa passa a contar com o parceiro ideal para a adoção mais rápida e eficiente dos seus projetos.
As receitas totais da Galvani registraram, em 2013, US$ 352 milhões, com um Ebitda de US$ 48 milhões. A companhia tem capacidade de produção de SSP de cerca de 1 milhão de toneladas por ano por meio dos complexos industriais de Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utilizam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) e Irecê (BA).
Os principais projetos em desenvolvimento da Galvani são: Salitre/MG (greenfield) - cerca de 1,2 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano; Angico/BA (brownfield) - cerca de 150 mil toneladas adicionais de rocha fosfática por ano; Santa Quitéria/CE (greenfield) - cerca de 800 mil toneladas de rocha fosfática por ano. Além da rocha fosfática, os projetos em desenvolvimento incluem a produção de fertilizantes fosfatados. Estes projetos deverão ser concluídos de 3 a 5 anos após o fechamento do negócio.
Importante ressaltarmos trabalhadores que recentemente a Yara também adquiriu a Bunge. Aqui na cidade de Uberaba, após ação do STIQUIFAR, conseguimos que a empresa igualasse para cima os salários dos trabalhadores da ex Bunge.
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