Em onze meses, o número de barragens em Minas Gerais que elevaram seu nível de segurança passou de zero para 23, de acordo com a Defesa Civil. Os registros começaram depois da tragédia de Brumadinho. No dia 25 de janeiro, a estrutura da Vale, localizada no distrito de Córrego do Feijão, se rompeu, matando mais de 260 pessoas. Dezesseis vítimas continuam desaparecidas.
De acordo com a legislação, as mineradoras fazem a própria declaração de estabilidade e acionam as autoridades em caso de alterações nas barragens. Com o rompimento em Brumadinho, o parâmetro de medição da segurança passou a seguir normas internacionais, que são mais rígidas.
A Vale é a mineradora que possui o maior número de estruturas em estado de alerta, 19. Treze estão em nível 1, que não requer a retirada de moradores das áreas de risco e nem o toque de sirenes. Ele significa estado de prontidão, indicando situação adversa na estrutura e controlável pela empresa.
Outras duas barragens da Vale, a Grupo e a Forquilha II, ambas do Complexo Fábrica, estão em nível 2. Nesta situação, sirenes são acionadas e planos de evacuação são colocados em prática. Em fevereiro deste ano, 125 pessoas, moradoras de Ouro Preto e Nova Lima, chegaram a ser retiradas de suas casas.
A mesma situação foi enfrentada por cerca de 200 moradores de Itaitaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também em fevereiro, a barragem de rejeitos da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu, na Região Central de Minas Gerais, entrou no nível 2. Ninguém voltou para casa ainda.
Em nota, a mineradora informou que "a barragem está desativada desde 2012 e sua estrutura será reforçada para posterior descomissionamento. Atualmente, a totalidade do rejeito gerado pela mina é disposto pela técnica de empilhamento a seco".
Fonte: Gazeta Web
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