Vale e BHP liberam retomada do mineiro de ferro da Samarco


A Vale diz que sua joint venture Samarco Mineração AS recebeu autorização para reiniciar atividades operacionais no Complexo Germano, em Minas Gerais, cerca de quatro anos após o colapso de uma barragem fechar a operação.

A vale disse que a divisão, de propriedade de 50:50 da BHP, recebeu a Liberação de Operação Corretiva (LOC) por suas atividades operacionais no complexo, acrescentando que a licença foi aprovada pela Câmara de Atividades de Mineração (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM).

Após essa autorização, a Samarco obteve todas as licenças ambientais necessárias para reinicia suas operações. A Samarco deve reiniciar as suas operações usando tecnologia de empilhamento a seco que, segundo a Vale, reduzirão o risco de um acidente deste tipo acontecer novamente.

“Por esse motivo, o reinicio operacional das usinas de extração e beneficiamento de mineiro de ferro em Germano e da usina de pelotização Complexo Ubu, localizado em Anchieta, estado do Espírito Santo, só ocorrerá após a implantação de um sistema de filtragem, cuja construção está prevista levar cerca de 12 meses”, afirmou a Vale.

Nesse período, a Samarco continuará as atividades de prontidão operacional, incluindo manutenção de equipamentos. Após a implementação do processo de filtragem, e sujeita à aprovação dos acionistas, a Samarco atualmente espera reiniciar suas operações no final de 2020.

EXPECTATIVA
Com o processo de filtração, a Samarco espera poder drenar substancialmente os rejeitos de areia o que representa 80% do total dos rejeitos em volume, e empilhar esses rejeitos filtrados com segurança. Os 20% restante dos rejeitos serão depositado no poço Alegria Sul, uma estrutura autônoma de rocha para aumentar a segurança. Os trabalhos de preparação das minas de Alegria Sul começam em outubro de 2018 e foram concluídos este mês.

Após as mudanças na estruturas ambientais e regulatórias para mineração no Brasil em 2019, a Samarco ajustou suas premissas de descarte de mineração e rejeitos, incluindo uma redução na capacidade do poço Alegria Sul, para que os rejeitos ficassem confinados à área independente. Isso também levou a uma redução na capacidade de armazenar rejeitos filtrados devidos à classificação do poço Germano como uma barragem, que agora será desativada de acordo com o regulamento.

ANÁLISE
“As mudanças acima mencionas nas premissas regulatórias e descarte de rejeitos afetam materialmente o ramp up esperado das operações da Samarco, devido a uma série de fatores, incluindo, entre outros, a conclusão de processos adicionais de licenciamento e o desenvolvimento de locais adicionais de descarte de rejeitos”, informou a empresa.

A Samarco espera poder reiniciar as operações por meio de um concentrador e produzir cerca de 7 mt/ano, após a instalação da tecnologia de filtragem. Um  segundo concentrador pode ser reiniciado em cerca de seis anos para atingir a faixa de produção de 14-16 Mt, enquanto o reinicio do terceiro concentrador pode ocorrer em cerca de 10 anos após a emissão do LOC, quando a Samarco espera atingir a produção anual volume em uma faixa de aproximadamente 22-24 Mt/ano.

Fonte: O Petróleo


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