( foto: ilustrativa)
Fonte: Força Sindical
A falta de profissionais no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) tem provocado muitas reclamações do setor sindical.
Recentemente, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco denunciou mais de 70 dias de atraso na perícia de um auxiliar de produção que perdeu as duas mãos em uma empresa de Santana do Parnaíba. Os sindicalistas reclamam que os atrasos ocorrem também em outros casos e chegam a seis meses.
O ministério admite que o problema existe e afirma que tenta contornar a situação. “Foi feito um concurso no ano passado para 100 novos fiscais e vamos convocá-los para início ainda neste semestre”, explicou Carlos Arthur Barbosa, secretário-adjunto da pasta. “No segundo semestre já está certo um novo concurso para mais 400 fiscais”.
Apesar dos novos postos, Barbosa reconhece que não será o suficiente para suprir a demanda do setor. Em todo o estado de São Paulo existem cerca de 470 fiscais, número que seria necessário para atender somente a capital paulista, informam pessoas ligadas ao ministério. Ao todo, são 3,1 mil profissionais para atuar em todo o território nacional.
“Tivemos um aumento significativo do número de trabalhadores nos últimos anos e também um crescimento na quantidade de empresas, consequentemente os acidentes de trabalho também crescem e precisamos melhorar o sistema preventivo e também a perícia pós-acidente”, constatou Barbosa.
Alternativas/ Quando questionado sobre os motivos da lentidão no aumento do número de vagas dentro do órgão, Barbosa não informou se se trata de uma questão de falta de verba ou se é apenas uma decisão política. O secretário-adjunto do ministério preferiu destacar que a melhoria da situação pode ficar apenas concentrada no tamanho da força de trabalho.
“Estamos modernizando todo o sistema e a fiscalização eletrônica deve ser implantada ainda neste semestre. Também estamos desenvolvendo o e-Social, um outro sistema poderoso em que a empresa vai fornecer informações e vamos poder cruzar isso com dados de vários outros sistemas, como o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Este processo, além de agilizar todo o andamento, vai possibilitar que profissionais deixem áreas burocráticas para ir a campo”, disse.
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