Em relação ao 4º trimestre do ano passado, o resultado reverteu o prejuízo provocado pela adesão da companhia ao Refis
Fonte: Estadão
A brasileira Vale apresentou um lucro líquido de US$ 2,515 bilhões referente ao primeiro trimestre de 2014, o que significa uma queda de 19,1% ante o registrado com o mesmo período de 2013. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, no entanto, esse resultado reverte o prejuízo líquido, lembrando que essa perda foi provocada pela adesão da companhia ao Refis.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou em US$ 4,058 bilhões nos primeiros três meses deste ano, montante 22,2% inferior ao observado um ano antes e 38,9% menor em relação ao trimestre imediatamente anterior.
A receita operacional líquida somou US$ 9,503 bilhões no período em análise, queda de 10,74% ante o primeiro trimestre de 2013 e recuo de 27,6% ante o quarto trimestre de 2013.
Tradicionalmente o primeiro trimestre do ano costuma ser mais fraco em termos de volumes embarcados. Além de uma produção menor, que é característica neste período, as siderúrgicas chinesas também costumam iniciar os anos estocadas, de forma a se preparar para o rigoroso inverno na região.
Além da questão dos volumes, o resultado da mineradora no trimestre passado foi ainda afetado pelos preços do minério de ferro, em queda ao longo dos primeiros meses do ano no mercado à vista (spot) chinês, o principal destino dos embarques transoceânicos da matéria-prima. Como o insumo é o principal produto da companhia brasileira, o menor valor do produto acaba impactando seu desempenho.
Devido ao feriado no Brasil do Dia do Trabalho nesta quinta-feira, 1º, a Vale divulgou excepcionalmente o seu demonstrativo financeiro antes da abertura do pregão. As teleconferências com analistas e investidores estão programadas para às 14h em português e 15h em inglês. Com a imprensa a diretoria da mineradora comentará o resultado no fim da tarde às 17h.
O lucro veio em linha com as expectativas. A média das projeções de cinco instituições financeiras consultadas pelo Broadcast (Citi, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Itaú BBA e JPMorgan) apontava para um lucro de US$ 2,609 bilhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado reportado de US$ 4,058 bilhões é 15,5% menor com as estimativas das cinco casas consultadas, que eram de US$ 4,8 bilhões.
A receita operacional líquida, por sua vez, ficou em US$ 9,503 bilhões, ou seja, 13,3% menor do que a média das projeções do mercado (US$ 10,955 bilhões).
A Agência Estado considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.