Vale retira moradores após ampliar de zona de segurança em barragens



A mineradora Vale informou que cerca de 50 pessoas que moram nas proximidades do complexo de Paraopeba, em Minas Gerais, serão retiradas de suas residências e realocadas a partir desta quarta-feira, devido à ampliação nos limites da chamada área de autossalvamento de barragens na região.

Os novos limites são válidos para as barragens Forquilha I, II, III e IV e Grupo, da mina de Fábrica, e visam atender disposições de um termo de compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais e o governo estadual, disse a Vale em comunicado.

A zona de altossalvamento compreende regiões mais próximas de barragens, nas quais considera-se que não há tempo para que órgãos públicos atuem visando a retirada de moradores em caso de emergências, como riscos de rompimento.

Essas áreas precisam ser desocupadas no caso de anomalias não controladas em barragens, que levam ao acionamento do chamado “nível 2” do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBN).

A Vale disse que os novos limites para a zona de altossalvamento foram fixados “com base em estudos mais conservadores, que passaram a considerar um cenário extremo e hipotético de rompimento da barragem Grupo e simultâneo das barragens Forquilhas”.

“A Vale informa ainda que não houve alteração nos dados técnicos das referidas estruturas e que as últimas inspeções não detectaram anomalias adicionais”, acrescentou a companhia.

Os moradores serão realocados com orientação da Defesa Civil de Minas Gerais e apoio da Vale, “respeitando protocolos de saúde e segurança recomendados durante a pandemia de Covid-19”, disse a Vale.

A empresa informou, ainda, que oferecerá assistência a essas famílias, das zonas rurais dos municípios de Itabirito e Ouro Preto, com fornecimento de hospedagem, alimentação e atendimento psicossocial.

Pessoas na região já haviam sido realocadas em 2019, quando as barragens Forquilhas I e III tiveram elevação para nível 3 de emergência, a última escala de alerta sobre segurança, acionada quando há ruptura iminente ou já em andamento de estrutura.

Fonte: Diário do Comércio

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