Das capitais até pequenas e médias cidades pelo país, os entregadores de aplicativos fizeram nesta quarta-feira (1º) a primeira greve nacional da categoria. A “grande novidade”, segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, foi que a mobilização transcendeu os próprios trabalhadores, atingindo também os consumidores.
Ao longo do dia, os termos #BrequeDosApps e #GreveDosApps estavam entre os mais comentados no Twitter. Muitos consumidores também utilizaram as lojas virtuais para criticar os aplicativos de entrega pela exploração desses trabalhadores.
“O consumidor sabe o quanto está pagando pela sua entrega. O que ele não sabe é o quanto daquele valor fica, de fato, para o entregador. Esses aplicativos chegam a ficar com até 50% do valor da entrega. E quem, de fato, efetiva esse trabalho acaba ficando com muito pouco”, disse Fausto, em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta quinta-feira (2).
Para o diretor do Dieese, o apoio da sociedade é fundamental para que as reivindicações da categoria avancem. Também é importante, segundo ele, para constranger os aplicativos a não adotarem práticas antissindicais, como punições aos trabalhadores envolvidos na greve.
As principais reivindicação dos grevistas são o aumento da taxa mínima e do valor pago por quilômetro rodado nas entregas. Também querem o fim dos bloqueios indevidos, que impedem os entregadores de continuar trabalhando, muitas vezes sem qualquer justificativa. O custeio de equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a pandemia, além de benefícios, como vale-refeição e seguro contra roubo, acidente e de vida, também estão na pauta.
Fonte: Redação RBA
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