A mineradora brasileira Vale (VALE3) decidiu incluir metas ambientais, sociais e de governança como parte da remuneração de longo prazo de seus principais executivos, além de ter retomado pagamento de bônus aos gestores não envolvidos em investigações sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
Metas de saúde e segurança e de sustentabilidade responderão por 20% da remuneração variável de longo prazo dos executivos, enquanto o restante dependerá do retorno total da Vale aos acionistas na comparação com suas rivais, disse a companhia em documento divulgado ao mercado neste sábado.
O movimento vem após a reputação da Vale ter sido impactada pelo desastre de Brumadinho, que matou mais de 270 pessoas.
Como parte da resposta à crise gerada pelo rompimento, o conselho da Vale decidiu suspender na sequência a remuneração variável de seus executivos.
“Uma vez que a Vale evolui com o programa de reparação e a investigação avança, o Conselho retomou os pagamentos da remuneração variável dos executivos que não estão envolvidos nas investigações a respeito do rompimento”, afirmou a companhia no documento.
Executivos afastados da companhia por razões judiciais depois do desastre “devem continuar com sua remuneração variável de curto e longo prazo suspensa até que todas as investigações e decisões judiciais sejam oficialmente concluídas”, acrescentou a Vale.
Segundo a empresa, o pagamento de bônus aos executivo referente a 2019, que ocorre em 2020, “é uma forma de agradecer e recompensar aqueles que contribuíram e continuam a contribuir para a Vale”.
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