Vale decide fechar empresa em Simões Filho-BA e trabalhadores fazem protesto

 


Manifestação começou por volta das 6h30 e durou cerca de três horas. Sindicato argumenta que ação pode causar desemprego de cerca de 700 pessoas.

Trabalhadores da mineradora Vale realizaram um protesto, na manhã de ontem, contra o fechamento do complexo da empresa na Bahia, localizado em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do município, o protesto durou cerca de três horas e pelo menos 50 funcionários participaram da manifestação.

Ainda conforme a associação, os funcionários argumentaram que o fechamento da unidade poderia causar a demissão de cerca de 700 a 800 pessoas. Na ocasião, os trabalhadores também pediram o religamento de fornos, que estão desligados desde fevereiro deste ano.

“Desde fevereiro, a empresa decidiu desligar os fornos para realizar uma manutenção, o que é um processo normal. Mas, com a pandemia, muita coisa ficou indefinida. No mês de junho, começaram os desligamentos e a empresa já ameaçava a descontinuidade dos trabalhos. Nosso objetivo é de evitar um desfecho que prejudique os trabalhadores. A empresa até nos chamou para conversar sobre um PDV [Plano de Demissão Voluntária], mas ele está aquém da necessidade dos trabalhadores. Fomos pegos de surpresa. Além do impacto social, o fechamento deve causar transtornos no mercado interno com relação ao produto”, disse Erivaldo Jesus, diretor financeiro do Sindicato.

Por nota, a Vale informou que encerrará a operação de ferroligas de manganês, da planta da Vale Manganês e que a previsão é a de que o processo de desmobilização da unidade seja concluído até o final do ano. “A Vale Manganês tentou todas as alternativas viáveis, ao longo dos últimos dez anos, para manter a operação autossustentável e competitiva no mercado”, explicou a empresa.

Ainda de acordo com o informe, a empresa adotará as medidas que estiverem ao alcance para minimizar eventuais impactos da desmobilização e está dialogando com o Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho (STIM) diversas ações. Entre elas, está a negociação de um programa de desligamento voluntário, extensão da assistência médica para empregados e seus dependentes, apoio em processo de recolocação no mercado de trabalho e mapeamento de vagas para possível transferência de trabalhadores para outras operações da Vale.

Ao todo, segundo ela, o Complexo Bahia tinha, ao todo, cerca de 330 entre empregados próprios e terceirizados. “A empresa reafirma o seu compromisso social e reforça que permanecerá com o diálogo aberto e transparente com empregados, sindicato, fornecedores e poder público e a respeito das próximas etapas do processo”, finaliza a nota da Vale.

Fonte: Tribuna da Bahia

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