As Centrais Sindicais lançam nesta semana campanha nacional para pressionar o Congresso Nacional a colocar em votação a Medida Provisória nº 1.000/2020, que estende o Auxílio Emergencial até dezembro.
A MP, publicada dia 3 de setembro pelo governo Bolsonaro, amplia o prazo de duração do benefício até dezembro, mas reduz pela metade o valor, ou seja R$ 300,00.
Com o mote “Nenhum real a menos”, as Centrais querem convencer deputados e senadores a mudar a proposta do governo. As entidades defendem que o valor volte para R$ 600,00.
Ricardo Patah, presidente da UGT, ressalta: "Vamos fortalecer a campanha nacional pelos R$ 600,00 que têm sido decisivos pra evitar a fome e não agravar ainda mais a crise econômica".
Os dirigentes também buscam reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a fim de tratar da importância de se votar a MP.
Os sindicalistas denunciam a intenção do governo de impedir que a MP seja apreciada no Congresso. Com isso, a Medida caducará em 120 dias, que é a duração do pagamento de R$ 300,00 até dezembro.
Assinaturas - Presidente da Força Sindical, Miguel Torres explica que a campanha vai percorrer a periferia, portas de empresas com um abaixo-assinado. A ideia é utilizar também pelas redes sociais pra coletar adesões. “A população pobre é a mais afetada. Vamos fazer uma grande mobilização. No momento em que os preços dos alimentos sobem, o governo corta o valor do benefício pela metade? Não faz sentido”, questiona Miguel.
Adilson Araújo, presidente da CTB, ressalta o impacto positivo que o benefício teve na demanda interna, sobretudo nos municípios mais pobres. “O tombo da economia seria mais forte sem o colchão criado no mercado consumidor pelo Auxílio aprovado em março pelo Congresso Nacional”, comenta. Ele lembra que o valor de R$ 600,00 foi conquistado por pressão do movimento sindical. Isso impediu que milhões de pessoas caíssem na miséria. “O valor de R$ 600,00 criou uma proteção econômica efetiva às famílias vulneráveis. Ajudou também a sustentar o consumo de bens e serviços, mantendo empregos”, comenta.
Fonte: Repórter Sindical
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