A disparada do dólar frente ao real elevou os preços dos fertilizantes no mercado brasileiro neste primeiro trimestre de 2020. Isso aconteceu mesmo diante da menor movimentação, que é típica deste período, mas que foi agravada pela pandemia de coronavírus.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os preços dos fertilizantes nitrogenados subiram, em média, 3,2% em março, em relação a fevereiro. No entanto, desde o início deste ano, o preço da ureia agrícola, por exemplo, subiu 6,5% no estado.
Para os adubos fosfatados, o reajuste médio foi de 0,5% no mesmo período e o cloreto de potássio teve ligeiro aumento, de 0,1% na cotação em março.
A empresa afirma que para os próximos meses, a expectativa é de preços firmes para os fertilizantes, em reais. Além do dólar valorizado e em patamar mais alto, as altas das commodities agrícolas em 2020, principalmente a soja e o milho, deverão aumentar a demanda interna por adubos para a temporada 2020/2021.
A expectativa é que as compras antecipadas para a safra de grãos seguinte comecem a ganhar a força a partir de abril/maio deste ano, o que poderá dar ainda mais sustentação aos preços dos adubos.
“O ponto de atenção é se as medidas de controle do coronavírus no país refletirão na dinâmica de comercialização desses insumos, principalmente com relação às feiras, já que a parte logística e de distribuição, por ora, segue rodando”, ressalta a consultoria.
Vale lembrar que a movimentação de cargas para dentro e fora do país foi decretada como uma atividade essencial e os portos têm funcionado normalmente, assim como o decreto federal sobre as atividades essenciais têm garantido o transporte interno de produtos agropecuários.
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