Fonte: BrasilAgro
Um setor que agoniza e um governo totalmente insensível que por falta de inação já provocou o fechamento de 80 usinas, empurrou outras 70 para processos de recuperação judicial e provocou a extinção de mais de 300 mil postos de trabalho no campo.
Este é parte do ingrediente que coloca a cidade de Sertãozinho, no interior do Estado de São Paulo, no mapa dos protestos que prometem chamar a atenção da opinião pública e forçar a presidente Dilma Rousseff a deixar sua notória teimosia de lado e passe a olhar com maior responsabilidade seu papel de primeira mandatária do País.
Com efeito, na manhã desta próxima terça-feira, Sertãozinho vai parar totalmente suas atividades. O comércio não vai abrir suas portas, as indústrias da cidade liberarão seus trabalhadores e caravanas de produtores de cana se somarão ao movimento de protesto.
Na véspera do evento, a Câmara Municipal de Sertãozinho promove sessão especial que vai reunir as lideranças do setor para debater os efeitos da crise e os próximos passos que serão tomados no âmbito do projeto “Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética”.
Nas últimas semanas o prefeito Zezinho Gimenez (PSDB) tem coordenado pessoalmente reuniões com os vários segmentos da cadeia produtiva sucroenergética e lideranças locais. Ele espera mais de 15 mil pessoas no movimento e conta com os apoios das duas principais centrais sindicais do País, a CUT – Central Única dos Trabalhadores e a Força Sindical.
Ao final da reunião promovida na tarde de ontem (21) junto ao gabinete do prefeito de Sertãozinho, o sindicalista Antonio Vitor confirmou que lideranças dos vários sindicatos de trabalhadores que atuam na cadeia produtiva sucroenergética estão sendo convocadas para se engajarem ao movimento.
“Pior do que está não pode ficar. Daqui para a frente estamos indo às ruas para protestar. “Madame” Dilma que nos espere, pois logo estaremos chegando à Brasília”. Ele elogiou a iniciativa dos usineiros, da indústria de base e dos produtores de cana se unirem aos trabalhadores para a formação do projeto “Governança Corporativa da Cadeia Produtiva do Setor Sucroenergética”.
“Na crise de 1999 estivemos juntos e criamos o maior ciclo de crescimento virtuoso do setor que chegou a dobrar de tamanho. Agora, desde o início do segundo mandato do presidente Lula, o setor saiu do radar do governo federal e vive a pior crise da sua história”, lamentou. (Da Redação, 22/1/15)
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